Governo federal é omisso sobre tráfico e armas, diz Alckmin
O governador defendeu as ações de combate ao tráfico e atendimento aos dependentes de drogas na Cracolândia paulistana nos últimos dias
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de maio de 2017 às 16h27.
Última atualização em 24 de maio de 2017 às 17h47.
São Paulo - Em meio à crise no Palácio do Planalto e às discussões sobre uma eventual sucessão do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), levantou críticas ao governo federal no combate ao tráfico de armas e drogas.
Durante uma coletiva de imprensa na sede da Prefeitura sobre a ampliação de programa habitacional na região da Luz e o combate ao tráfico de drogas na Cracolândia, nesta quarta-feira, 24, o governador afirmou que a administração estadual está fazendo sua parte diante da omissão do governo federal no combate ao crime organizado e tem o "dever de agir".
Ao lado do prefeito João Doria (PSDB), Alckmin disse que o "o Brasil inteiro sofre" com o tráfico.
"Há uma omissão do governo federal em relação ao tráfico de drogas e armas. O Brasil inteiro sofre. Hoje o país é o maior consumidor de crack do mundo. Estamos fazendo nossa parte", disse Alckmin.
O governador tucano afirmou ainda que é "muito confortável" a omissão e defendeu as ações de combate ao tráfico e atendimento aos dependentes de drogas na Cracolândia paulistana.
Já o prefeito João Doria evitou criar polêmica com a gestão do presidente Temer.
Ele chegou a destacar, inclusive, que há uma integração entre a Prefeitura, o governo do Estado e a União na assistência social e na habitação para os programas na região da Luz.
Doria disse que estava fazendo um gesto de "agradecimento" ao governo federal, citando os ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário) e Bruno Araújo (Cidades).
O prefeito disse ainda que deve receber Osmar Terra nesta quarta em São Paulo.