Governo do RJ inicia mudança do quartel da PM
Objetivo é implodir o quanto antes o prédio do atual Quartel-General (QG) e em seguida vender o terreno, avaliado em R$ 336 milhões pela Petrobras.
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2013 às 22h31.
Rio de Janeiro - O governo do Estado do Rio iniciou obras de reforma de cinco andares de um prédio, em São Cristóvão, na zona norte do Rio, para onde serão transferidos provisoriamente o comando-geral e toda a cúpula da Polícia Militar. O objetivo é implodir o quanto antes o prédio do atual Quartel-General (QG), cujo início da construção data de 1740, e em seguida vender o terreno, avaliado em R$ 336 milhões pela Petrobras no ano passado.
O negócio foi cancelado após a polêmica gerada com a divulgação dos planos da estatal de construir um moderno edifício no local, mas o governo Sérgio Cabral (PMDB) não desistiu de vender o terreno para quem se interessar. A queda de braço entre defensores e opositores à ideia promete parar na Justiça. Contrário à derrubada do quartel e autor de um projeto de lei que prevê seu tombamento, o deputado estadual Paulo Ramos (PDT) disse que vai ajuizar na terça-feira (2) um mandado de segurança para obrigar o plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a votar sua proposta, que tramita na Casa desde maio do ano passado. "Todos os prazos regimentais já venceram, mas o projeto não entra na ordem do dia por pressão do Executivo. Já que o governo tem a maioria, tem que mobilizar sua base para votar contra. O que não pode é a Casa não votar. A Alerj virou o quintal do Palácio Guanabara", afirmou o parlamentar. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador Sérgio Cabral não se manifestou até o início da noite desta segunda-feira.
Em resposta a um requerimento de informações sobre o atual QG feito pelo vereador Carlo Caiado (DEM), autor de outro projeto de tombamento do edifício, a prefeitura do Rio informou que o quartel não é tombado devido ao "alto grau de descaracterização do imóvel" que ocorreu em função de "consecutivas reformas, ampliações e alterações sofridas ao longo do tempo, de forma que possui atualmente poucos elementos remanescentes de períodos passados". Protocolado em 2008 na Câmara Municipal, a proposta de Caiado também ainda não foi votada. "Diversos historiadores asseguram que, mesmo assim, o prédio tem valor histórico. O projeto de tombamento está na pauta da sessão de amanhã (terça-feira). Vamos ver se finalmente a Casa vota".
A intenção da Secretaria de Segurança é trocar os grandes batalhões por unidades menores, verticalizadas, para colocar o maior contingente possível de policiais nas ruas, como ocorre em Los Angeles e Nova York. "O conceito de aquartelamento é anacrônico para a prestação de um serviço moderno. A Polícia Militar se repensou no caminho da pacificação e entendeu que temos que recuperar o tempo perdido em que ficamos afastados da população. A ideia é racionalizar o tempo com sedes modernas e preparadas para receber a comunidade com prestação de serviço eficaz", explicou o coronel Robson Rodrigues, chefe do Estado Maior Administrativo da PM.
A cúpula da PM vai ocupar provisoriamente cinco andares do Edifício Pedro Ernesto, pertencente à Universidade do Estado do Rio (Uerj), na Rua Fonseca Teles, 121. O prédio, que possui 18 andares e abriga outros órgãos do governo estadual e da prefeitura do Rio, está mal conservado: há janelas com vidros quebrados e trechos da fachada com a pintura descascando. Também há 250 vagas de estacionamento. A mudança está prevista para ocorrer ainda no primeiro semestre, tão logo acabem as obras de reforma e readequação do espaço. Segundo a PM, a nova sede definitiva do comando geral da corporação ficará no edifício onde hoje funciona o Batalhão de Choque, na Rua Salvador de Sá, no Estácio. O prédio histórico também passará por reformas após a venda do terreno do atual QG.
Rio de Janeiro - O governo do Estado do Rio iniciou obras de reforma de cinco andares de um prédio, em São Cristóvão, na zona norte do Rio, para onde serão transferidos provisoriamente o comando-geral e toda a cúpula da Polícia Militar. O objetivo é implodir o quanto antes o prédio do atual Quartel-General (QG), cujo início da construção data de 1740, e em seguida vender o terreno, avaliado em R$ 336 milhões pela Petrobras no ano passado.
O negócio foi cancelado após a polêmica gerada com a divulgação dos planos da estatal de construir um moderno edifício no local, mas o governo Sérgio Cabral (PMDB) não desistiu de vender o terreno para quem se interessar. A queda de braço entre defensores e opositores à ideia promete parar na Justiça. Contrário à derrubada do quartel e autor de um projeto de lei que prevê seu tombamento, o deputado estadual Paulo Ramos (PDT) disse que vai ajuizar na terça-feira (2) um mandado de segurança para obrigar o plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a votar sua proposta, que tramita na Casa desde maio do ano passado. "Todos os prazos regimentais já venceram, mas o projeto não entra na ordem do dia por pressão do Executivo. Já que o governo tem a maioria, tem que mobilizar sua base para votar contra. O que não pode é a Casa não votar. A Alerj virou o quintal do Palácio Guanabara", afirmou o parlamentar. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador Sérgio Cabral não se manifestou até o início da noite desta segunda-feira.
Em resposta a um requerimento de informações sobre o atual QG feito pelo vereador Carlo Caiado (DEM), autor de outro projeto de tombamento do edifício, a prefeitura do Rio informou que o quartel não é tombado devido ao "alto grau de descaracterização do imóvel" que ocorreu em função de "consecutivas reformas, ampliações e alterações sofridas ao longo do tempo, de forma que possui atualmente poucos elementos remanescentes de períodos passados". Protocolado em 2008 na Câmara Municipal, a proposta de Caiado também ainda não foi votada. "Diversos historiadores asseguram que, mesmo assim, o prédio tem valor histórico. O projeto de tombamento está na pauta da sessão de amanhã (terça-feira). Vamos ver se finalmente a Casa vota".
A intenção da Secretaria de Segurança é trocar os grandes batalhões por unidades menores, verticalizadas, para colocar o maior contingente possível de policiais nas ruas, como ocorre em Los Angeles e Nova York. "O conceito de aquartelamento é anacrônico para a prestação de um serviço moderno. A Polícia Militar se repensou no caminho da pacificação e entendeu que temos que recuperar o tempo perdido em que ficamos afastados da população. A ideia é racionalizar o tempo com sedes modernas e preparadas para receber a comunidade com prestação de serviço eficaz", explicou o coronel Robson Rodrigues, chefe do Estado Maior Administrativo da PM.
A cúpula da PM vai ocupar provisoriamente cinco andares do Edifício Pedro Ernesto, pertencente à Universidade do Estado do Rio (Uerj), na Rua Fonseca Teles, 121. O prédio, que possui 18 andares e abriga outros órgãos do governo estadual e da prefeitura do Rio, está mal conservado: há janelas com vidros quebrados e trechos da fachada com a pintura descascando. Também há 250 vagas de estacionamento. A mudança está prevista para ocorrer ainda no primeiro semestre, tão logo acabem as obras de reforma e readequação do espaço. Segundo a PM, a nova sede definitiva do comando geral da corporação ficará no edifício onde hoje funciona o Batalhão de Choque, na Rua Salvador de Sá, no Estácio. O prédio histórico também passará por reformas após a venda do terreno do atual QG.