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Governo diz que concessionária seguirá operando Aeroporto Salgado Filho

Inundado durante as chuvas históricas de maio no Rio Grande do Sul, terminal em Porto Alegre está fechado por tempo indeterminado

Agência o Globo
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Publicado em 18 de junho de 2024 às 20h44.

Os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Reconstrução do Rio Grande do Sul) afirmaram que a empresa Fraport continuará administrando o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e deverá apresentar um diagnóstico sobre a recuperação do terminal e previsão de reabertura em um mês.

A declaração foi feita após uma reunião nesta terça-feira, 18, entre o governo federal, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o CEO da Fraport, Stefan Schult, que participou por videoconferência. O encontro, no Palácio do Planalto, foi coordenado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

— O CEO mundial da Fraport nos afirmou o compromisso da empresa em permanecer trabalhando no aeroporto e trabalhar para que ele volte a funcionar (...) Eles precisam de um prazo de 4 semanas para concluir as análises técnicas feitas sobre as condições de segurança da pista e dos demais equipamentos atingidos pela enchente — afirmou Pimenta.

O aeroporto está fechado por tempo indeterminado após ser inundado e inutilizado durante as chuvas históricas de maio no Rio Grande do Sul. No início do mês, a concessionária iniciou o processo de limpeza da pista de pousos e decolagens, além de testes e sondagens para avaliação da resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação. Segundo a empresa, o processo é necessário para que tecnicamente seja possível afirmar os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas.

Esse período de testes tem previsão de durar aproximadamente 45 dias, dependendo das condições climáticas. Estima-se que no início de julho seja possível detalhar as necessidades de intervenções na pista.

Em relação aos equipamentos afetados com a enchente, a empresa afirma que ainda não é possível detalhar o valor total dos danos e quais equipamentos precisarão ser substituídos ou reparados. A companhia afirma que, desde que as águas começaram a baixar, está em contato permanente com as seguradoras para avaliação do cenário, recebendo vistorias recorrentes e realizando o inventário de todos os itens que foram impactados.

— Seria um erro de avaliação a gente permitir através da Anac qualquer retomada de voos sem poder ter a segurança da pista — declarou Silvio Costa Filho.

Segundo os ministros, a concessionária não fez “nenhuma exigência ou cobrança” para a continuidade das operações.

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