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Governo deve ter de 37 a 48 votos para aprovar reforma na CCJ

O levantamento sobre a votação prevista para terça-feira (23) tem como base posições dos parlamentares em discursos e cálculo de um líder do centrão

Sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados para analisar e votar o parecer da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19), do deputado Delegado Marcelo Freitas. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados para analisar e votar o parecer da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19), do deputado Delegado Marcelo Freitas. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 18 de abril de 2019 às 17h41.

Última atualização em 18 de abril de 2019 às 17h56.

Com as mudanças que estão sendo negociadas entre líderes do centrão e o governo para que a reforma da Previdência seja votada na próxima terça-feira, entre 37 e 48 deputados dos 66 que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devem votar favoráveis ao texto, considerando a presença total dos membros.

O levantamento foi feito com base nas posições dos parlamentares em discursos na CCJ nos últimos dias e cálculo de um líder do centrão, que pediu anonimato.

Em cenário pessimista, prevendo ausências e defecções, PP, PSD, MDB, PR, PRB, PSDB, PTB, SD e PSC devem trazer apoio de ao menos 20 deputados, segundo a fonte. Estes partidos, que se dizem independentes do governo de Jair Bolsonaro, mas apoiam majoritariamente a reforma, contam com 30 integrantes na CCJ.

PSL, DEM e Novo, os três partidos mais atuantes pró-reforma, somam 12 votos.

Demais legendas (Cidadania, Pode, PV, Patri e Avante) somam 6 deputados, sendo grande parte favorável às mudanças previdenciárias. Há dúvida quanto à posição de um parlamentar deste grupo.

A CCJ é formada por 66 deputados e a aprovação depende do número de parlamentares presentes à votação. O quórum mínimo é de 34 deputados e, para aprovar o texto, é preciso maioria simples - metade dos presentes mais um.

A oposição, formada por PT, PSB, PDT, Psol, PCdoB, Pros e Rede, tem 18 deputados e deve manter a obstrução na próxima terça-feira para dificultar que a comissão avance. Mas, sem a ajuda do centrão, deverá apenas ter força para atrasar a votação.

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