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Governo deve finalizar repactuação da base até 6ª

Segundo Jaques Wagner, a formalização do rompimento do PMDB com o governo abre espaço para o Palácio do Planalto repactuar sua base aliada

Jaques Wagner: Wagner afirmou esperar que até sexta-feira as negociações neste sentido estejam finalizadas (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 20h30.

Brasília - O governo federal vai aproveitar o desembarque do PMDB para repactuar até a próxima sexta-feira a relação com os partidos que restam na base aliada, redistribuindo os cargos que pertenciam a peemedebistas, afirmou o ministro da chefia de gabinete da Presidência, Jaques Wagner, que classificou a relação com o vice-presidente, Michel Temer, como “interditada” a partir do momento em que seu partido decidiu deixar o governo.

“O governo recebe com tranquilidade a decisão interna do PMDB e creio que chega em boa hora porque oferece à presidente Dilma Rousseff uma ótima oportunidade de repactuar seu governo. Abre espaço político para uma repactuação”, disse Wagner a jornalistas nesta terça-feira. Os novos acertos, afirmou o ministro, devem ser feitos até a próxima sexta-feira e serão discutidos na noite desta terça em uma reunião de Dilma com os chamados “ministros da Casa” – além do próprio Wagner, Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência, e possivelmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Legendas que têm nos acompanhado não participando do governo poderão eventualmente passar a participar”, disse.

Questionado sobre com quem o governo pode contar, já que vários partidos da base já declararam independência, como o PRB, ou liberaram suas bancadas, como o PSD, e até mesmo analisam a possibilidade de deixar o governo de vez, como o PP, Wagner afirmou que o governo está conversando com todos desde a segunda-feira, quando ficou clara a decisão do PMDB.

Na tarde desta terça-feira, a presidente chamou de última hora no Planalto o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e o dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR).

O governo aguarda para os próximos dias os pedidos de demissão de Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, Hélder Barbalho, da Secretaria de Portos, e de Eduardo Braga, das Minas e Energia. Espera-se que fiquem Marcelo Castro, da Saúde, Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, e Kátia Abreu, da Agricultura. Wagner afirmou que nenhum dos ministros do PMDB procurou a presidente esta tarde.

De acordo com Wagner, o governo espera agora apenas uma relação “educada” e “respeitosa” com Temer. “Uma relação educada. Mas politicamente interditada”, disse. Indiretamente, o ministro questionou a legitimidade que Temer terá se chegar a assumir o governo, em caso de impeachment da presidente. “Se alguém com 54 milhões de votos enfrenta dificuldades, alguém que venha sem essa legitimidade terá dificuldade ainda maior”, afirmou.

Wagner voltou a questionar a legitimidade do processo de impeachment, afirmando que uma ação sem causa é sim uma tentativa de golpe, e revelou que o governo fará novos eventos, nos moldes do ato com juristas realizado na semana passada, desta vez com artistas e intelectuais. Além disso, na próxima quinta-feira, durante o ato em defesa do governo que deve se concentrar em Brasília, a presidente deve receber representantes do movimento.

“Hoje há um ponto de unidade de segmentos cada dia mais numerosos no Brasil, que é a luta pela democracia e a manutenção do nosso roteiro de constitucionalidade. Essa é nossa bandeira maior, a luta pela democracia. Qualquer atalho vai, ao contrário de encontrar soluções, de um lado, fragilizar a democracia, e de outro, aprofundar a crise”, afirmou Wagner.

Texto atualizado às 20h30

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Brasília - O governo federal vai aproveitar o desembarque do PMDB para repactuar até a próxima sexta-feira a relação com os partidos que restam na base aliada, redistribuindo os cargos que pertenciam a peemedebistas, afirmou o ministro da chefia de gabinete da Presidência, Jaques Wagner, que classificou a relação com o vice-presidente, Michel Temer, como “interditada” a partir do momento em que seu partido decidiu deixar o governo.

“O governo recebe com tranquilidade a decisão interna do PMDB e creio que chega em boa hora porque oferece à presidente Dilma Rousseff uma ótima oportunidade de repactuar seu governo. Abre espaço político para uma repactuação”, disse Wagner a jornalistas nesta terça-feira. Os novos acertos, afirmou o ministro, devem ser feitos até a próxima sexta-feira e serão discutidos na noite desta terça em uma reunião de Dilma com os chamados “ministros da Casa” – além do próprio Wagner, Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência, e possivelmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Legendas que têm nos acompanhado não participando do governo poderão eventualmente passar a participar”, disse.

Questionado sobre com quem o governo pode contar, já que vários partidos da base já declararam independência, como o PRB, ou liberaram suas bancadas, como o PSD, e até mesmo analisam a possibilidade de deixar o governo de vez, como o PP, Wagner afirmou que o governo está conversando com todos desde a segunda-feira, quando ficou clara a decisão do PMDB.

Na tarde desta terça-feira, a presidente chamou de última hora no Planalto o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e o dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR).

O governo aguarda para os próximos dias os pedidos de demissão de Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, Hélder Barbalho, da Secretaria de Portos, e de Eduardo Braga, das Minas e Energia. Espera-se que fiquem Marcelo Castro, da Saúde, Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia, e Kátia Abreu, da Agricultura. Wagner afirmou que nenhum dos ministros do PMDB procurou a presidente esta tarde.

De acordo com Wagner, o governo espera agora apenas uma relação “educada” e “respeitosa” com Temer. “Uma relação educada. Mas politicamente interditada”, disse. Indiretamente, o ministro questionou a legitimidade que Temer terá se chegar a assumir o governo, em caso de impeachment da presidente. “Se alguém com 54 milhões de votos enfrenta dificuldades, alguém que venha sem essa legitimidade terá dificuldade ainda maior”, afirmou.

Wagner voltou a questionar a legitimidade do processo de impeachment, afirmando que uma ação sem causa é sim uma tentativa de golpe, e revelou que o governo fará novos eventos, nos moldes do ato com juristas realizado na semana passada, desta vez com artistas e intelectuais. Além disso, na próxima quinta-feira, durante o ato em defesa do governo que deve se concentrar em Brasília, a presidente deve receber representantes do movimento.

“Hoje há um ponto de unidade de segmentos cada dia mais numerosos no Brasil, que é a luta pela democracia e a manutenção do nosso roteiro de constitucionalidade. Essa é nossa bandeira maior, a luta pela democracia. Qualquer atalho vai, ao contrário de encontrar soluções, de um lado, fragilizar a democracia, e de outro, aprofundar a crise”, afirmou Wagner.

Texto atualizado às 20h30

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