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Governo desiste de adiar itens de segurança para automóveis

Segundo fontes, governo desistiu de adiar a implementação e reduzirá alíquotas do IPI para peças e componentes para amenizar aumento de preços


	ABS e Airbag: governo estava considerando adiar as normas de segurança preocupado com uma redução na demanda por carros
 (Quatro Rodas)

ABS e Airbag: governo estava considerando adiar as normas de segurança preocupado com uma redução na demanda por carros (Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 20h03.

Brasília - O governo brasileiro desistiu de adiar a implementação da exigência para que automóveis saiam de fábrica com mais itens de segurança e reduzirá as alíquotas do Imposto de Importação para peças e componentes para amenizar um possível aumento nos preços dos veículos, disseram à Reuters duas fontes governamentais nesta segunda-feira.

Preocupado com uma redução na demanda por carros, o governo estava considerando adiar as normas de segurança, que obrigam as montadoras locais a colocar airbags e sistemas de freios ABS em todos os veículos novos a partir de 2014.

"Não haverá nenhum adiamento", disse um alto funcionário diretamente envolvido nas negociações e que pediu para não ser identificado.

"Grande parte do impacto (nos preços) já aconteceu este ano, o seu efeito será marginal em 2014. Vamos reduzir o Imposto de Importação a 2 por cento em peças e equipamentos relacionados. " Outra autoridade do governo com conhecimento do assunto confirmou a decisão.

As alíquotas do Imposto de Importação de autopeças e equipamentos variam atualmente entre 14 e 18 por cento, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior.

Carros mais caros poderiam impactar as vendas num momento em que o governo da presidente Dilma Rousseff luta para alavancar a economia e reduzir a inflação, a menos de um ano antes da eleição presidencial em que é amplamente favorita para vencer.

O governo aumentou as tarifas sobre carros importados e reduziu os impostos para as montadoras locais para manter em alta um dos únicos motores restantes da indústria brasileira e que demanda grande volume de mão-de-obra.

O mercado de automóveis do Brasil tem sido chave para as maiores montadoras do mundo nos últimos anos, incluindo a italiana Fiat e a norte-americana Ford.

Essas mesmas montadoras recentemente desaceleraram a produção no Brasil devido aos altos estoques e aos sinais de demanda em queda, que aumentaram o risco de que o quarto maior mercado global de automóveis tenha sua primeira queda em vendas anuais em uma década.

A produção e as vendas de veículos no Brasil caíram 10,7 por cento e 8,3 por cento, respectivamente, em novembro ante outubro.

Atualmente, 60 por cento dos carros fabricados no Brasil tem airbags e freios ABS.

Atualizado às 21h02min, para adicionar mais informações. 

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