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Governo de SP negocia redução no valor dos pedágios

Segundo a assessoria do governador Geraldo Alckmin, de concreto, no entanto, há apenas as conversas com as concessionárias e não há um acordo ainda fechado sobre o assunto.


	Pedágios: o governo teria priorizado as conversas com as concessionárias de trechos mais movimentados, como a CCR e a EcoRodovias
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Pedágios: o governo teria priorizado as conversas com as concessionárias de trechos mais movimentados, como a CCR e a EcoRodovias (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 13h24.

São Paulo - O governo de São Paulo negocia com as concessionárias uma redução nos valores de pedágio de rodovias administradas por essas companhias no Estado.

Segundo a assessoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB), de concreto, no entanto, há apenas as conversas com as concessionárias e não há um acordo ainda fechado sobre o assunto.

Como os contratos são longos, as negociações seriam feitas caso a caso. Segundo reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", o governo estuda reduzir entre 10% e 20% os valores dos pedágios.

Em troca, adotaria ações como a prorrogação dos contratos das empresas ou ainda a redução de repasses de recursos das concessionárias ao Estado.

O governo teria priorizado as conversas com as concessionárias de trechos mais movimentados, como a CCR e a EcoRodovias. A Agência Estado apurou com a diretoria de uma concessionária de rodovias menos movimentadas do interior paulista que a empresa não foi procurada e ainda ficou sabendo dessa negociação pela imprensa.

Representantes do setor avaliam que a ação do governo paulista teria um cunho político, com a redução nos preços dos pedágios, mas poderia também trazer complicadores em um ano pré-eleitoral para o governador, como a postergação de obras que beneficiariam possíveis eleitores de Alckmin.


Em nota a clientes, o Credit Suisse ressaltou justamente que Alckmin quer obter "dividendos políticos", por meio da redução dos pedágios.

"Ele pode ter como objetivo responder ao recente corte de tarifas realizado pela presidente Dilma (PT) e compensar a visão de que o PSDB favoreceu grandes empreiteiras nos leilões dos anos 90 realizados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso", comentaram.

A casa considerou a notícia como "neutra" para as ações e avaliou que o impacto é limitado para as empresas que administram as rodovias, já que há compensações sendo estudadas.

O banco considera, no entanto, que caso o reequilíbrio econômico seja a prorrogação dos atuais contratos, pode ser negativo, principalmente para investidores que operam ações dessas empresas de olho nos dividendos.

Após abrirem com queda de mais de 1%, as ações da CCR e da EcoRodovias reduziram as perdas e nesta terça-feira operavam com perdas de 0,87% e 0,35%, respectivamente. Ainda no setor, Arteris registrava desvalorização de 0,59% e Triunfo caía 0,42%.

Procuradas, as concessionárias CCR e EcoRodovias, a Secretaria dos Transportes e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) ainda não se manifestaram.

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