INSS: exclusão de presidente do posto acontece alguns dias após divulgação de que Instituto fechou contrato de R$ 8,8 mi com empresa de informática sediada em um pequeno estoque de bebidas (Rodrigo Clemente/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de maio de 2018 às 16h08.
Última atualização em 16 de maio de 2018 às 16h17.
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Social confirmou nesta quarta-feira, 16, a demissão do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Francisco Lopes. A exoneração foi encaminhada à Casa Civil e deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
A assessoria de comunicação do ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, não divulga oficialmente o motivo da saída de Francisco Lopes do cargo. Mas a exclusão dele do posto acontece alguns dias após o jornal O Globo divulgar que o INSS fechou um contrato de R$ 8,8 milhões com uma empresa de informática sediada em um pequeno estoque de bebidas, em Brasília.
O contrato tinha a função de garantir o fornecimento de programas de computador para o órgão federal e foi assinado em abril, mesmo após parecer de técnicos do INSS indicar que os programas de computador oferecidos pela RSX não terem utilidade para o INSS.
Francisco Lopes era apadrinhado do líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE). Recentemente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação de Moura por um suposto esquema de desvio de verbas na Prefeitura de Pirambu, no Sergipe, no âmbito de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF).