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Governo avalia retorno do horário de verão por conta da seca, diz ministro de Minas e Energia

Horário diferenciado foi extinto em 2019 porque deixou de ter efeitos positivos sobre setor elétrico

Agência o Globo
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Publicado em 11 de setembro de 2024 às 11h55.

Última atualização em 11 de setembro de 2024 às 13h34.

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O governo do presidente Lula avalia a volta do horário de verão, encerrado em 2019. A possibilidade está sendo discutida no Ministério de Minas e Energia, disse o ministro Alexandre Silviera.

"A adoção do horário de verão está em fase de avaliação", disse o ministro, em entrevista ao site Poder360.

A discussão ocorre neste momento por conta da seca no país e na possibilidade desse instrumento ser usado para economizar energia. Estudos feitos no passado demonstraram, porém, que o horário de verão estava com um efeito contrário: gastando-se mais energia do que o normal, por conta dos hábitos de consumo.

Alckmin vê horário de verão como positivo

O vice-presidente Geraldo Alckmin também falou sobre a volta do horário de verão. Para jornalistas presentes no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, ele salientou que não há risco de falta de desabastecimento elétrico, mas colocou como "uma boa alternativa para poupar energia" a possibilidade de retomar esse antigo sistema.

“Não vai faltar energia, mas nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para você poupar energia. Campanha para você economizar energia [é outra alternativa], você procurar desperdício. Ajuda também. Você tem várias alternativas”, disse Alckmin.

Por que o horário de verão acabou

O horário de verão foi extinto no início do governo Jair Bolsonaro, em 2019. Naquele momento, houve uma avaliação técnica de que o horário não fazia mais sentido do ponto de vista do setor elétrico.

O horário de verão foi instituído no Brasil em 1931. O objetivo era economizar energia. Com a luz solar por mais tempo durante o dia, diminuía o uso de lâmpadas, chuveiro e outros aparelhos elétricos quando as pessoas voltavam do trabalho.

No passado, as pessoas e empresas eram estimuladas a encerrarem suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, evitando que muitos equipamentos estivessem ligados quando a iluminação noturna era acionada.

Porém, recentemente, mudanças de hábitos, como novos horários de trabalho e o uso maior do ar-condicionado, o impacto do horário de verão na redução do consumo de energia praticamente deixou de existir.

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