São Paulo - O Metrô e o governo do Estado de São Paulo estão espalhando cartazes publicitários pelos relógios de rua da capital paulista para anunciar que o primeiro monotrilho da cidade, na Linha 15-Prata, "está chegando".
Isso, apesar de a empresa, que é controlada pelo estado, não ter sequer a data confirmada para a abertura do trecho inicial da Linha 15, na Vila Prudente, na zona leste.
A entrega desse ramal foi adiada diversas vezes pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos ao longo do primeiro semestre de 2014.
A última previsão, anunciada na semana passada pelo administrador da pasta, Jurandir Fernandes, é que a entrega ocorra no início de julho, perto da data limite (dia 4 de julho) para que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) possa participar de inaugurações de obras públicas.
Depois disso, ele fica impedido pela lei eleitoral, pois será candidato à reeleição, a tomar parte desse tipo de cerimônia.
Nesta sexta-feira, 27, a reportagem encontrou seis relógios de rua com a propaganda, em vias das zona oeste e norte. O material traz uma foto do trem com a inscrição "O monotrilho está chegando".
A publicidade tem os logotipos do Metrô e do governo do Estado. Em dezembro do ano passado, a gestão Alckmin havia prometido o trecho inicial do monotrilho funcionando em março de 2014, o que não se concretizou.
Ao longo do tempo, o secretário Jurandir Fernandes alegou diferentes motivos para os sucessivos atrasos.
Primeiramente, afirmou que a empresa canadense Bombardier, responsável por fabricar os trens que circularão na linha, demorava para fazer os testes.
Na semana passada, no entanto, ele disse que operários grevistas da obra impediram técnicos da multinacional de realizar os testes nos veículos.
A assessoria de imprensa do Metrô foi procurada e respondeu por telefone apenas que a obra deve ficar para julho, sem informar o dia exato.
Nos últimos dias, vários testes com os trens do monotrilho têm sido feitos na Linha 15, alguns com sacos de areia, para deixá-los mais pesado, simulando a lotação por passageiros.
Em obras desde 2010, o primeiro trecho do monotrilho já foi prometido para 2012 e, depois, 2013. Esse ramal terá 2,9 km de extensão e apenas duas estações: Vila Prudente, com conexão com a Linha 2-Verde do Metrô, e Oratório, num trecho elevado sobre a Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello.
A obra prevê mais 16 estações até a região de Cidade Tiradentes. Quando a linha estiver completa, com 26,6 km de extensão, terá custado R$ 6,4 bilhões aos cofres públicos. A previsão é que o trecho final da obra esteja pronto em 2016.
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1. Investindo bilhões (e até trilhões)
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1/7 (Chris McGrath/Getty Images)
São Paulo – A crise financeira internacional afeta a estratégia de investimentos em
infraestrutura pelo mundo. Apesar das dificuldades, ainda há bons exemplos de projetos em andamento em diversos países. Essa é uma das conclusões possíveis com um relatório sobre infraestrutura mundial produzido em parceria entre o instituto de planejamento urbano Urban Land Institute e a auditoria e consultoria
Ernst & Young. No estudo, as empresas pesquisaram uma série de iniciativas em diversos países. O documento citou vários exemplos de projetos em desenvolvimento ou prestes a serem desenvolvidos pelo mundo. Clique nas fotos e confira alguns desses exemplos nas próximas páginas:
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2. Elevação da Bayonne Bridge – Estados Unidos
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2/7 (Creative Commons / Wikipedia)
Um dos projetos de infraestrutura em desenvolvimento nos Estados Unidos é a elevação da ponte Bayonne Bridge, que liga Nova Jersey e State Island. A ponte foi liberada para o trânsito em 1931 e, embora facilite muito a vida de motoristas e pedestres, restringe a altura máxima dos navios que passam por baixo da ponte. Para resolver esse problema e permitir o trânsito de mais navios, a autoridade portuária dos Estados Unidos está trabalhando no aumento da altura da ponte, que permitirá que embarcações mais altas passem por ali. A mudança deve ficar pronta entre o final de 2015 e o início de 2016. A expectativa após a conclusão do projeto é que até o preço para consumidores diminua, já que os produtos transportados nesses navios maiores terão mais uma rota para navegar.
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3. Ferrovia entre Birmingham e Londres - Inglaterra
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3/7 (Divulgação / HS2)
Com a realização das Olimpíadas, aconteceu uma série de mudanças na estrutura de Londres, incluindo
a revitalização de bairros antes deixados de lado na cidade. Porém, a capital inglesa ainda encontra desafios grandes para realizar outros projetos. Um desses projetos é a ferrovia HS2, que ligará as cidades de Birmingham e Londres (futuramente, incluirá outras cidades). Embora o projeto enfrente uma série de protestos e manifestações contrárias, a construção está prevista para iniciar em 2017 e a primeira fase do projeto deve entrar em operação apenas em 2026. A foto mostra como deverá ficar uma das estações ao longo da ferrovia. A administração de Londres também estuda outras ações de infraestrutura, como a construção de um novo aeroporto na cidade para aliviar a demanda no movimentado aeroporto de Heathrow.
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4. Investimento em metrô na Índia
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4/7 (Daniel Berehulak/Getty Images)
Com uma população enorme, a Índia precisaria de muitas medidas de infraestrutura para resolver as necessidades do país e da população. Embora talvez ainda não seja suficiente, o relatório da Ernst & Young destaca que o governo da Índia já dedica cerca de 8% de seu produto interno bruto (PIB) para investimentos em infraestrutura, além de ter lançado um plano de investimentos de 1 trilhão de dólares na área entre 2012 e 2017. Já é possível ver alguns projetos caminhando no país. A cidade de Mumbai se prepara para receber uma expansão na malha metroviária, avaliada em 2,5 bilhões de dólares, e a cidade de Hyderabad se prepara para ganhar um metrô, num projeto que deve custar 3,6 bilhões de dólares. Além disso, o país tem projetos de expansão e melhoria em ferrovias e rodovias. A preocupação é se as iniciativas darão conta de atender a demanda na Índia já que, como lembra o relatório, a população do país deve passar a da China como a maior do mundo em 2025.
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5. Trânsito no Canadá
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5/7 (Creative Commons / Wikipedia)
Assim como nos Estados Unidos, aponta o relatório, a maior parte da infraestrutura canadense foi construída após a Segunda Guerra Mundial. Porém, o país fez do assunto uma prioridade nacional nas últimas décadas, aponta o documento. Um dos exemplos citados no texto é a melhoria da ponte Port Mann Bridge, ligando as cidades de Vancouver e Langley. A reforma permitirá um fluxo maior de veículos com o aumento do número de pistas. Outro exemplo citado é a melhora e expansão do sistema de trânsito em Vancouver, projeto de mais de 2 bilhões de dólares que vai melhorar a ligação entre o centro da cidade e o aeroporto, entre outros pontos. O relatório destaca também que o país é um exemplo bem sucedido quando o assunto são as PPPs (parcerias público-privadas). O Canadá utiliza o recurso para financiar desde pequenos projetos locais até grandes melhorias nacionais.
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6. Catar de olho na Copa
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6/7 (Sean Gallup/Getty Images)
Primeiro a Copa tem que passar aqui pelo Brasil, em 2014, e depois pela Rússia, em 2018. Mesmo longe, o Catar já desenvolve projetos de infraestrutura com o campeonato de 2022 na mira. Segundo o relatório da Ernest & Young, bilhões de dólares já estão sendo investidos em projetos de expansão de portos e aeroportos internacionais, na construção de um sistema de metrô em Doha ligando o centro ao aeroporto e na construção de mais vias expressas. Isso tudo sem falar nos 12 estádios de futebol com sistema de ar condicionado que devem ser construídos pelo Catar.
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7. Agora conheça cinco países que fizeram a lição de casa e se destacam em competitividade
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7/7 (Mike Hewitt/Getty Images)