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Governo antecipa pagamento de R$ 30,1 bi em precatórios para ajudar crescimento no início do ano

Ministério do Planejamento abriu crédito suplementar de R$ 10,7 bilhões para quitar o valor integral previsto com precatórios este ano

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil (Diogo Zacarias/ Ministério da Fazenda/Flickr)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de fevereiro de 2024 às 14h15.

O Ministério do Planejamento e Orçamento ( MPO ) decidiu antecipar para o mês de fevereiro todo o pagamento de precatórios estimado para este ano. Com isso, cerca de R$ 30,1 bilhões devem ser injetados na economia, o que ajudará o consumo, e consequentemente, o PIB.

Os precatórios são expedidos em cumprimento a sentenças judiciais transitadas em julgado (decisões definitivas sem possibilidade de recursos) em processos da União ou de suas entidades (autarquias e fundações federais).

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A pasta de Simone Tebet editou uma portaria abrindo crédito suplementar de R$ 10,7 bilhões para ajustar esse calendário. Tradicionalmente, os precatórios são pagos no mês de julho.

Parte dos precatórios que precisará ser paga este ano já foi antecipada para o ano de 2023, no valor de R$ 32,2 bilhões. Agora, a pasta pagará mais R$ 30,1 bi, para finalizar o montante do ano de 2024.

"Os R$ 30,1 bilhões restantes para o pagamento precatórios de 2024 estão previstos na Lei Orçamentária Anual", ressalta texto da pasta.

O planejamento diz que a integralidade dos recursos orçamentários envolvidos já se encontra sob a gestão dos tribunais resposáveis pelos precatórios, para o efetivo pagamento aos respectivos beneficiários.

Limitação

Em 2022, ano eleitoral, o governo Bolsonaro estabeleceu um teto para o pagamento dos precatórios , o que foi considerado por muitos especialistas como uma espécie de calote. Pelas contas do Ministério da Fazenda do governo Lula, em 2027, haveria um passivo na ordem de R$ 200 bilhões para ser pago. Por isso, o governo recorreu ao STF para conseguir limpar esse esqueleto sem que isso afete as metas de resultado primário.

Com maior crescimento no início do ano, o governo também espera que a arrecadação venha mais forte, e isso evite contingenciamentos no Orçamento no relatório de Receitas e despesas de março.

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