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Governadores voltam a reivindicar projeto de recuperação fiscal

Uma das propostas é conceder empréstimos gradualmente aos estados com problemas financeiros em troca de cortes de gastos e aumento de impostos

Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante encontro com governadores nesta terça-feira (26) (José Cruz/Agência Brasil)

Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante encontro com governadores nesta terça-feira (26) (José Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de março de 2019 às 11h56.

Última atualização em 26 de março de 2019 às 11h56.

Governadores reunidos nesta terça-feira, 26, em Brasília, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, reiteraram o pedido de um socorro fiscal, sinalizando que este pode ser um instrumento em troca do apoio à reforma da Previdência.

Os detalhes do projeto de recuperação dos estados não foram postos à mesa, informou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). "Estamos aguardando o projeto [de recuperação fiscal] chegar à Câmara", disse Caiado. Para ele, essa é a situação imediata que deve ser tratada com o governo no momento.

"Estamos em situação de emergência, de colapso financeiro, de calamidade. Vamos tratar do programa de recuperação fiscal. O resto fica na tese do "se acontecer", afirmou.

Segundo o governador, em resposta à demanda Guedes fez uma apresentação de diretrizes. Os governadores não receberam o desenho definitivo do que será submetido ao Congresso. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse, há cerca de um mês, que a demora no pacote de empréstimos emergenciais levaria mais tempo para que o ajuste fiscal do governo federal não fosse colocado em risco.

Uma das propostas é conceder empréstimos gradualmente aos estados com problemas financeiros em troca de medidas como corte de despesas e aumento de tributos locais.

Independentemente, alguns governos estaduais mantêm o apoio incondicional à aprovação da reforma previdenciária, caso de São Paulo, e planejam um diálogo com suas bancadas no Congresso para buscar o convencimento e os ajustes no texto do governo.

Mesmo de estados em situação financeira mais delicada, como Goiás, os governadores defendem a importância da reforma e se comprometeram a atuar junto às suas bases parlamentares.

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