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Governador da Bahia, Rui Costa (PT) vota após 1h16 minutos de espera

O governador da Bahia e candidato à reeleição Rui Costa (PT) votou no bairro da Liberdade

Rui Costa (PT) na fila para votar: filha até "cochilou" (Rui Costa/Twitter/Divulgação)

Rui Costa (PT) na fila para votar: filha até "cochilou" (Rui Costa/Twitter/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 14h12.

Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 14h13.

Salvador - O governador da Bahia e candidato à reeleição Rui Costa (PT) votou por volta de 11h no Colégio Estadual Duque de Caxias, no bairro da Liberdade, famoso por ser o mais negro de Salvador. Ele chegou por volta de 10h20 à sessão número 2 a pé, passando pelo meio dos eleitores na rua, e estava acompanhado da mulher, Aline Peixoto, e de duas de suas filhas, que carregava no colo.

Costa vestia uma camisa branca, assim com a esposa, com a frase "Nada vence o trabalho", mantra que repetiu insistentemente durante a campanha para responder aos adversários. Ele fez questão de enfrentar a longa fila que se formou na sessão, enquanto tirava selfies com eleitores, e só conseguiu confirmar o sufrágio 1 hora e 16 minutos após chegar ao colégio. A espera é atribuída à implantação da biometria em 100% das zonas eleitorais de Salvador.

Correligionários como o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia Ângelo Coronel (PSD), que concorre a uma vaga no Senado, também faziam companhia ao petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto com 62%, segundo o Ibope, e deve ganhar a eleição no primeiro turno com 77% dos votos válidos, de acordo com dados do instituto.

Seu padrinho político, o ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT), que concorre ao Senado e este ano mudou seu colégio eleitoral para Andaraí, município distante 426 km de Salvador, não estava na comitiva por esse motivo. Eles acompanharão a apuração dos resultados juntos no Palácio de Ondina, residência oficial dos governadores baianos.

Apesar da cautela em comemorar a vitória antes da hora, a primeira declaração como vencedor, caso os números dos levantamentos eleitorais se confirmem,acontecerá em uma casa alugada no bairro do Rio Vermelho, reduto petista na capital baiana, na orla marítima da cidade. "Eu deixo a especulação para os institutos de pesquisa e para a imprensa. Eu não vou me manifestar até as 17h", afirmou o governador baiano.

Ele também comentou a eleição nacional e atribuiu o crescimento de Jair Bolsonaro nas últimas pesquisas eleitorais à migração para o capitão da reserva dos votos de adversários de centro e de direita, movimento provocado pelo chamado voto útil.

Rui afirmou ainda que irá a São Paulo na terça-feira para uma reunião entre governadores petistas eleitos e que avançarem ao segundo turno. No encontro, serão traçadas as estratégias para a etapa derradeira das eleições 2018, disse ele.

Para Rui, em um eventual segundo turno entre Fernando Haddad e Bolsonaro, o petista leva vantagem porque o presidenciável do PSL poderá ser confrontado e o eleitor terá chance se comparar melhor apenas dois postulantes disputando.

"Vamos ver como será nas urnas, porque as vezes o candidato ganha nas pesquisas e perde na urna", afirmou Rui Costa, analisando que o cenário deve se manter entre os governadores, sem grande crescimento de um ou outro partido no número de Estados governados, e pregando que haja "pacificação do País" após as eleições.

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