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Gilmar diz não estar constrangido em relatar inquérito de Aécio

O ministro foi gravado em uma ligação telefônica feita pela PF em que Aécio pedia para que ele intercedesse no Senado para facilitar a aprovação de um PL

Gilmar Mendes: o ministro foi gravado em uma ligação com Aécio (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de junho de 2017 às 17h33.

O ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ), Gilmar Mendes , disse hoje (26) que não se considera impedido ou constrangido de relatar um dos inquéritos que investigam o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

O ministro respondeu rapidamente às perguntas de jornalistas após fazer uma palestra em um evento no Instituto Fernando Henrique Cardoso.

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Mendes foi gravado em uma ligação telefônica feita pela Polícia Federal em que Aécio pede que o ministro interceda no Senado para facilitar a aprovação de um projeto de lei. O conteúdo da conversa foi divulgado por veículos da imprensa.

O caso motivou um pedido, por parte de juristas, de impeachment de Gilmar Mendes.

Aécio responde no STF a dois inquéritos abertos a partir das delações premiadas dos executivos do Grupo JBS.

Um dele trata do crime de lavagem de dinheiro e o outro de corrupção e obstrução da Justiça.

Em maio, o senador foi afastado das funções legislativas, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na última semana, o STF adiou o julgamento sobre a prisão de Aécio e determinou a soltura da irmã e do primo do senador afastado, investigados na mesma operação.

Poderes

Durante sua palestra, Mendes também criticou o que chamou de "distorções" causadas pela autonomia do Ministério Público em relação aos outros Poderes.

"Os funcionários do Rio de Janeiro não estão recebendo salário, exceto os dos Poderes fortes: Judiciário, Ministério Público e Legislativo. Nós fizemos uma modelagem com o propósito de chegar a autonomia administrativa e financeira, mas isso não era soberania", disse.

Os salários dos servidores ativos e inativos estão sendo depositados com atraso, mas uma liminar tinha garantido preferência a algumas categorias para receber as remunerações devidas.

Na última segunda-feira (19), a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro depositou R$ 50 milhões referentes ao salário de abril para os servidores públicos que ainda não tinham recebido seus vencimentos.

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