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Gilberto Carvalho diz que linchamento foi terrível

Ministro disse que o clima de "justiça com as próprias mãos" é motivo de muita preocupação


	Gilberto Carvalho: "quero dizer a vocês que nos preocupa muito um clima que se estabelece no Brasil hoje, onde as pessoas buscam construir a justiça pelas próprias mãos", disse
 (Elza Fiuza/ABr)

Gilberto Carvalho: "quero dizer a vocês que nos preocupa muito um clima que se estabelece no Brasil hoje, onde as pessoas buscam construir a justiça pelas próprias mãos", disse (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 23h38.

Fortaleza - Principal interlocutor do governo federal com os movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, disse nesta terça-feira, 06, que o clima de "justiça com as próprias mãos" é motivo de muita preocupação.

Ele citou o caso de Fabiane Maria de Jesus, morta no último sábado, 03, em Guarujá, depois de ser espancada, confundida com uma sequestradora de crianças.

Em debate sobre a Copa com representantes de movimentos sociais, o ministro também citou casos de jovens acusados de roubos submetidos a agressões nas ruas de várias cidades.

"Quero dizer a vocês que nos preocupa muito um clima que se estabelece no Brasil hoje, onde as pessoas buscam construir a justiça pelas próprias mãos. Tivemos agora esta semana esse episódio terrível na cidade de Guarujá, em São Paulo, em que uma senhora suspeita de ter praticado um crime foi linchada e era inocente. Assim como meninos são amarrados em postes por suspeitas de assaltos. Essa convicção de que 'eu posso me vingar do outro', sem passar pelo processo democrático da Justiça, sem a mediação, sem a solidariedade, começa a nos preocupar no Brasil. Isso, sim, deve nos fazer refletir", afirmou o ministro na abertura do debate.

Fortaleza foi a sétima cidade sede de jogos da Copa visitada por Carvalho, por determinação da presidente Dilma Rousseff, para explicar os benefícios que o Mundial trará ao País, aos Estados e às capitais.

O ministro reiterou que o governo não se opões à realização de protestos, desde que sejam pacíficos, e que as Polícias Militares estão sendo treinadas para não cometerem abusos e violência contra manifestantes.

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