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Geração Canguru cresce 20% no país

O número de adultos entre 25 a 34 anos de idade que moram com os pais, mas que trabalham e estudam, ou exercem apenas uma das atividades, está crescendo no país

Canguru: prolongamento da convivência familiar entre pais e filhos pode ser motivado por questões de natureza emocional e financeira, segundo pesquisadora (Divulgação/Sharkrosa)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 09h51.

Rio de Janeiro – O número de adultos entre 25 a 34 anos de idade que moram com os pais, mas que trabalham e estudam, ou exercem apenas uma das atividades, está crescendo no país. Também conhecida como Geração Canguru, a proporção do grupo passou de aproximadamente 20% para 24%, entre 2002 e 2012, segundo a Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida dos Brasileiros divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ). Cerca de 60% deles eram homens .

O prolongamento da convivência familiar entre pais e filhos, segundo a coordenadora do estudo, pode ser motivado por várias questões, não só de natureza emocional, mas também financeira. “As pessoas estão adiando cada vez mais a saída de casa e o fenômeno acontece no mundo todo”, comentou a coordenadora da pesquisa Ana Lúcia Saboia. “No caso do Brasil, é preciso estudar melhor quais seriam os motivos”, declarou ela.

A maioria dos que têm maior escolaridade média e permanecem na casa dos pais pode despender maior dedicação aos estudos, segundo ela. Em 2012, a proporção de pessoas de 25 a 34 anos de idade na condição de filhos que continua estudando foi 14%, enquanto para as demais pessoas na mesma faixa etária a proporção foi de 9%.

Outra hipótese é o alto custo de vida nas cidades que acaba encorajando os adultos a permanecer na casa dos pais para economizar e não perder o padrão de vida. É o caso da fotógrafa na área de marketing digital, Fernanda Nunes, de 27 anos, que mora com os pais na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta, na zona oeste do Rio.

“O custo de vida no Rio está insustentável. Os aluguéis são caríssimos, contratar alguém para trabalhar na sua casa é muito caro, a internet é muito cara. Então, prefiro manter um padrão de vida maior e morar com meus pais, sendo filha única”, contou ela, que ajuda com as despesas da casa. “Para mim é muito cômodo, pois tenho um namorado que tem casa própria e minha relação com meus pais é super legal”, completou.

O estudo também identificou que a maioria desses adultos pertence a famílias com renda mais elevada. Nas famílias com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, 6,6% tinham adultos entre 25 e 34 anos como filhos. Nas famílias com dois a cinco salários mínimos, o percentual chegou a 15,3% e 14,7% nas famílias que ganhavam mais de cinco salários mínimos per capita.

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O prolongamento da convivência familiar entre pais e filhos, segundo a coordenadora do estudo, pode ser motivado por várias questões, não só de natureza emocional, mas também financeira. “As pessoas estão adiando cada vez mais a saída de casa e o fenômeno acontece no mundo todo”, comentou a coordenadora da pesquisa Ana Lúcia Saboia. “No caso do Brasil, é preciso estudar melhor quais seriam os motivos”, declarou ela.

A maioria dos que têm maior escolaridade média e permanecem na casa dos pais pode despender maior dedicação aos estudos, segundo ela. Em 2012, a proporção de pessoas de 25 a 34 anos de idade na condição de filhos que continua estudando foi 14%, enquanto para as demais pessoas na mesma faixa etária a proporção foi de 9%.

Outra hipótese é o alto custo de vida nas cidades que acaba encorajando os adultos a permanecer na casa dos pais para economizar e não perder o padrão de vida. É o caso da fotógrafa na área de marketing digital, Fernanda Nunes, de 27 anos, que mora com os pais na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta, na zona oeste do Rio.

“O custo de vida no Rio está insustentável. Os aluguéis são caríssimos, contratar alguém para trabalhar na sua casa é muito caro, a internet é muito cara. Então, prefiro manter um padrão de vida maior e morar com meus pais, sendo filha única”, contou ela, que ajuda com as despesas da casa. “Para mim é muito cômodo, pois tenho um namorado que tem casa própria e minha relação com meus pais é super legal”, completou.

O estudo também identificou que a maioria desses adultos pertence a famílias com renda mais elevada. Nas famílias com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, 6,6% tinham adultos entre 25 e 34 anos como filhos. Nas famílias com dois a cinco salários mínimos, o percentual chegou a 15,3% e 14,7% nas famílias que ganhavam mais de cinco salários mínimos per capita.

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