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Geddel entrega defesa à Comissão de ética da Presidência

O texto, que é assinado pelo próprio ministro, segundo o presidente da Comissão, Mauro Menezes, já foi encaminhado ao relator do caso

Geddel: a Comissão decidiu avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Roosewelt Pinheiro/ABr)

Geddel: a Comissão decidiu avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Roosewelt Pinheiro/ABr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 19h39.

Brasília, 1 - O ex-ministro Geddel Vieira Lima entregou nesta quinta-feira, 1, por volta das 18 horas, por meio de seus advogados, a sua defesa na Comissão de ética da Presidência da República.

O texto, que é assinado pelo próprio ministro, segundo o presidente da Comissão, Mauro Menezes, já foi encaminhado ao relator do caso o conselheiro Marcelo Figueiredo. O prazo acabava hoje.

Menezes reiterou que a expectativa é que Figueiredo apresente seu parecer na próxima reunião do colegiado, marcada para o dia 15 de dezembro.

"Não há um prazo para a decisão, mas o propósito do relator é levar o seu voto já nesta reunião", disse Menezes. Segundo ele, o relator já está debruçado sobre o caso desde a sua abertura, no dia 21 de novembro. "É claro que a defesa é um elemento essencial para o relator", ponderou.

Em nota, a Comissão de Ética esclareceu que "como o processo tramita com chancela de reservado, o teor da manifestação permanecerá sob sigilo até sua conclusão".

A Comissão decidiu avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que o ministro baiano o teria pressionado para liberar a obra de um empreendimento em Salvador onde Geddel possui um apartamento.

A infração ética no caso seria de conflito de interesses, ao misturar ações públicas com interesses privados.

Após o pedido de demissão de Geddel, Menezes afirmou que o processo teria continuidade e que uma eventual punição pelo colegiado teria como efeito uma "mancha ética" no currículo político do ex-ministro.

"Não podemos dizer que alguém não pode continuar na vida pública, apenas deixamos registrado que uma autoridade tem em seu currículo determinada avaliação quanto ao seu comportamento ético. E hoje no Brasil isso tem valido muito", afirmou, na ocasião.

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