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Geddel diz não saber intenção da Comissão ao abrir processo

Cinco dos sete integrantes da comissão declararam apoio à abertura de um processo contra o ministro

Geddel Vieira Lima: apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente (Valter Campanato/Agência Brasil)

Geddel Vieira Lima: apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 14h32.

Brasília - Ausente da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que ainda não tomou conhecimento da intenção da maioria da Comissão de Ética Pública da Presidência da República pela abertura de um processo contra ele no colegiado.

"Ainda não conheço a decisão. A Comissão de Ética não abre processo. Mas acabei de chegar, deixa eu me inteirar primeiro", afirmou Geddel ao jornal "O Estado de S. Paulo".

Antes de Geddel chegar ao Palácio do Planalto, cinco dos sete integrantes da comissão declararam apoio à abertura de um processo contra o ministro. Apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente porque um dos conselheiros pediu vista - o que adiará a decisão para 14 de dezembro. Os conselheiros podem mudar o voto até a decisão final.

O ministro chegou ao Planalto, acompanhado por seus assessores, por volta das 12h45, pouco depois de o presidente Michel Temer encerrar o encontro do Conselhão, iniciado às 9h30.

Apesar de ausente na reunião, que contou com a participação de representantes da sociedade civil, entre artistas, empresários, sindicalistas e políticos, Geddel irá participar do almoço que Temer oferece ao grupo no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

Segundo o jornal apurou, o ministro pretende esperar as próximas horas para aguardar os possíveis desdobramentos das acusações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. De acordo com Calero, Geddel o pressionou para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador, no qual Geddel também teria uma unidade.

A ideia é manter como a "versão definitiva" a que foi apresentada na série de entrevistas realizadas no fim de semana em que o ministro nega ter pressionado Calero e afirma ter apenas levado uma ponderação a um outro colega ministro.

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