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Garis são escoltados, mas Rio continua suja

Funcionários que voltaram ao trabalho precisaram da escolta de policiais e de seguranças particulares para retirar parte do lixo acumulado nas ruas da cidade

Na Lapa, devido à greve dos garis, o lixo deixado por foliões e ambulantes ocupa as calçadas e os cantos de algumas avenidas (Tânia Rego/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 16h07.

Rio de Janeiro - Garis que voltaram ao trabalho nesta quinta-feira precisaram da escolta de policiais e de seguranças particulares para retirar parte do lixo acumulado nas ruas do Rio de Janeiro devido a uma paralisação dos funcionários da limpeza urbana iniciada no Carnaval , mas diversos pontos da cidade ainda sofriam com a sujeira e o mau cheiro.

A escolta começou a ser feita ainda de madrugada por guardas municipais, agentes de uma empresa particular de segurança e homens do batalhão de choque da Polícia Militar para tentar impedir novas ameaças de grevistas contra os garis que retornaram ao trabalho.

Em alguns locais onde não houve escolta, novos problemas foram registrados. Carros e caminhões da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) foram depredados por grevistas na zona oeste, e homens não identificados em uma carro preto fizeram ameaças a garis na Ilha do Governador, na zona norte.

"Enquanto houver coação aos garis, haverá escolta", disse a jornalistas o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).

Na quarta-feira, quatro garis foram detidos e indiciados por impedirem que as equipes da Comlurb voltassem ao trabalho.

Em assembleia nesta quinta-feira, um grupo de garis decidiu pela manutenção da paralisação. Em seguida, eles saíram em passeata pelas ruas da região até a sede da Prefeitura do Rio, onde fizeram um protesto.

Montanhas de lixo ainda podiam ser vistas na cidade por conta da paralisação iniciada no sábado. De acordo com a Comlurb, a faxina para recolher as toneladas de lixo espalhadas pela capital fluminense deve durar até o fim de semana, e só depois a cidade deve voltar ao normal.

"A situação está sendo normalizada. Ainda haverá blocos de Carnaval desfilando pela cidade, mas a situação será normalizada (no fim de semana)", disse a jornalistas o presidente da Comlurb, Vinicius Roriz.

O lixo se acumulou pelas ruas e avenidas, nas praias da zona sul e em diversos pontos turísticos. Segundo estimativas da Riotur, cerca de 900 mil turistas passariam o Carnaval na cidade, que vai receber a final da Copa do Mundo em julho e os Jogos Olímpicos de 2016.

Entre os grevistas há militantes de partidos políticos e um ex-candidato a vereador ligado ao ex-governador do Estado Anthony Garotinho (PR), o que provocou críticas de uma possível motivação política para a paralisação em um ano de eleições.

Os garis, no entanto, garantem que a greve é somente em busca de aumento de salário e melhores condições de trabalho.

"Isso aqui não tem nada a ver com política, com eleição, tem a ver com salário. O partido não me dá dinheiro, não paga meu salário", disse o gari Célio Viana, apontado como um dos líderes do movimento grevista e filiado ao PR.

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Rio de Janeiro - Garis que voltaram ao trabalho nesta quinta-feira precisaram da escolta de policiais e de seguranças particulares para retirar parte do lixo acumulado nas ruas do Rio de Janeiro devido a uma paralisação dos funcionários da limpeza urbana iniciada no Carnaval , mas diversos pontos da cidade ainda sofriam com a sujeira e o mau cheiro.

A escolta começou a ser feita ainda de madrugada por guardas municipais, agentes de uma empresa particular de segurança e homens do batalhão de choque da Polícia Militar para tentar impedir novas ameaças de grevistas contra os garis que retornaram ao trabalho.

Em alguns locais onde não houve escolta, novos problemas foram registrados. Carros e caminhões da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) foram depredados por grevistas na zona oeste, e homens não identificados em uma carro preto fizeram ameaças a garis na Ilha do Governador, na zona norte.

"Enquanto houver coação aos garis, haverá escolta", disse a jornalistas o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).

Na quarta-feira, quatro garis foram detidos e indiciados por impedirem que as equipes da Comlurb voltassem ao trabalho.

Em assembleia nesta quinta-feira, um grupo de garis decidiu pela manutenção da paralisação. Em seguida, eles saíram em passeata pelas ruas da região até a sede da Prefeitura do Rio, onde fizeram um protesto.

Montanhas de lixo ainda podiam ser vistas na cidade por conta da paralisação iniciada no sábado. De acordo com a Comlurb, a faxina para recolher as toneladas de lixo espalhadas pela capital fluminense deve durar até o fim de semana, e só depois a cidade deve voltar ao normal.

"A situação está sendo normalizada. Ainda haverá blocos de Carnaval desfilando pela cidade, mas a situação será normalizada (no fim de semana)", disse a jornalistas o presidente da Comlurb, Vinicius Roriz.

O lixo se acumulou pelas ruas e avenidas, nas praias da zona sul e em diversos pontos turísticos. Segundo estimativas da Riotur, cerca de 900 mil turistas passariam o Carnaval na cidade, que vai receber a final da Copa do Mundo em julho e os Jogos Olímpicos de 2016.

Entre os grevistas há militantes de partidos políticos e um ex-candidato a vereador ligado ao ex-governador do Estado Anthony Garotinho (PR), o que provocou críticas de uma possível motivação política para a paralisação em um ano de eleições.

Os garis, no entanto, garantem que a greve é somente em busca de aumento de salário e melhores condições de trabalho.

"Isso aqui não tem nada a ver com política, com eleição, tem a ver com salário. O partido não me dá dinheiro, não paga meu salário", disse o gari Célio Viana, apontado como um dos líderes do movimento grevista e filiado ao PR.

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