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Garçom no Senado recebe até R$ 15 mil por mês

Profissionais que atendem senadores no plenário têm salários de até 15 vezes o piso da categoria de empresas terceirizadas. Nomeação se deu por ato secreto, segundo O Globo


	Garçom: no Senado, mesmo em funçõs comissionadas, o salário é bem maior que o piso da categoria
 (Stock Exchange)

Garçom: no Senado, mesmo em funçõs comissionadas, o salário é bem maior que o piso da categoria (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 11h58.

São Paulo – O Senado é famoso por pagar um dos mais altos salários do funcionalismo público. A remuneração gorda não fica restrita aos concursados. Um dos garçons que serve café e água aos senadores, por exemplo, recebeu quase R$ 15 mil em março. O piso da categoria em empresas terceirizadas no Distrito Federal é de 956,62 reais.

Os garçons que circulam pelo plenário, inclusive, faziam parte de uma empresa contratada pelo Senado, mas conseguiram pular para cargos comissionados da própria Casa em 2001, por meio dos famosos atos secretos, segundo o jornal O Globo.

Na época, o diretor-geral era Agacial Maia, hoje deputado do Distrito Federal.

Uma dos contemplados é Antonio Paiva Torres, conhecido como Zezinho, que recebe brutos 8,1 mil reais, mas no mês passado teve o contracheque aumentado em outros 6,5 mil por causa de horas extras e demais vantagens. Liquido, recebeu 11,9 mil reais.

No total, segundo O Globo, são sete garçons que atuam na área do plenário e na copa. Amigos de longa data, todos conseguiram com o tempo subir na carreira dentro das funções comissionadas.

Outro garçom recebeu, bruto, 8,1 mil reais, considerando todos os benefícios.

Transparência
O Senado Federal recebe críticas quanto ao modelo escolhido para atender à Lei de Acesso à Informação.

Para verificar as remunerações dos servidores, é preciso se identificar com CPF e e-mail. O problema é que o funcionário recebe esses dados e sabe exatamente quem consultou seu proventos.

Uma briga causada por uma servidora que foi tirar satisfação com quem havia olhado seu salário acabou na justiça. A mulher foi condenada a pagar 1,5 mil reais a uma entidade de assistência social depois de chamar o cidadão de “bisbilhoteiro” e “fofoqueiro”.

Uma ação civil pública tramita na Procuradoria da República no Distrito Federal e pode acabar com uma ação judicial que exija mudanças por parte do Senado.

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