Gabas recusa 'leilão' do salário mínimo e aposentadorias
Sem mencionar nomes, o ministro estava fazendo uma crítica direta às propostas do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, de elevar o salário mínimo de R$ 510,00 para R$ 600,00
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.
São Paulo - O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse hoje que o governo não vai fazer "leilão" do reajuste do salário mínimo e das aposentadorias por conta do período eleitoral. Segundo ele, é preciso cuidado nesse debate para que as negociações não se tornem uma "batalha eleitoral".
Sem mencionar nomes, o ministro estava fazendo uma crítica direta às propostas do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, de elevar o salário mínimo de R$ 510,00 para R$ 600,00 e conceder um aumento de 10% para os aposentados no próximo ano.
"Ao final do governo do presidente Lula, não vamos fazer leilão de salário mínimo e não vamos fazer leilão de aposentadoria porque isso é demagogia. Isso é um desespero eleitoral", afirmou Gabas. "Nós temos responsabilidade ao contrário de outras pessoas", frisou o ministro.
Segundo o ministro, o governo Lula quer continuar o diálogo com os aposentados para definir o reajuste dos benefícios no próximo ano. "Nós queremos ampliar os ganhos dos aposentados, mas não vamos cometer nenhuma irresponsabilidade", disse o ministro.
Gabas participou hoje de reunião para avaliação do Programa do Empreendedor Individual. Até o dia 13 de outubro, 589.213 empreendedores foram formalizados por meio do programa. A expectativa do ministro é chegar a 600 mil empresas na próxima semana e a marca de um milhão até dezembro. Para conseguir atingir esse objetivo, o Sebrae, em parceria com o governo, vai realizar a Semana da Formalização - entre os dias 18 e 23 de outubro - em várias cidades brasileiras.
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