Fundos: rombo de 84 bi; Cármen assume…
Rombo de 84 bi Os fundos de pensão encerraram o primeiro semestre com um déficit acumulado de 84 bilhões de reais segundo a Abrapp, associação do setor. São 7 bilhões a mais do que no fim de 2015, e 38 bilhões a mais do que em junho do ano passo. A entidade divulgou, nesta segunda-feira, […]
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 07h15.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h42.
Rombo de 84 bi
Os fundos de pensão encerraram o primeiro semestre com um déficit acumulado de 84 bilhões de reais segundo a Abrapp, associação do setor. São 7 bilhões a mais do que no fim de 2015, e 38 bilhões a mais do que em junho do ano passo. A entidade divulgou, nesta segunda-feira, a criação de um código de regras para políticas de investimentos, a fim de premiar os melhores gestores – e evitar que o rombo continue avançando.
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Compra da Alpargatas na mira
O Tribunal de Contas da União começou a analisar os empréstimos de 2,7 bilhões de reais feitos pela Caixa para que o grupo J&F, dono do frigorífico JBS, comprasse as ações da Alpargatas, dona das sandálias Havaianas. A operação aconteceu no fim do ano passado e envolveu ações que pertenciam ao grupo Camargo Corrêa. O atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, era o presidente do conselho da J&F.
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A nova presidente
Com status de estrela e presença de ilustres, a ministra do Supremo Tribunal Cármen Lúcia foi empossada nesta segunda-feira como presidente da Casa em mandato de dois anos — Dias Toffoli será o vice. Estiveram presentes o presidente Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o do Senado, Renan Calheiros, além de deputados e senadores. Muitos dos políticos presentes têm inquéritos abertos pelo tribunal. O Hino Nacional foi cantado por Caetano Veloso. “Nosso tempo exige maior cuidado, prudência para saber ouvir e entender, e coragem para enfrentar o que precisa ser mudado, a despeito de interesses”, disse a ministra em seu primeiro discurso como presidente.
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E o reajuste?
O ministro Celso de Mello, decano da Corte, que abriu a sessão, bateu duro na corrupção. O ministro Luiz Fux afirmou que a nova presidente do Supremo deve desistir do reajuste aos ministros, ao contrário do antecessor, Ricardo Lewandowski. Justo agora que PMDB e PSDB, partidos da base de Temer que vinham se desentendendo sobre o assunto, parecem ter chegado a um senso comum. Os partidos haviam concordado em segurar o projeto para antes resolver uma desvinculação do subsídio do restante da administração pública em relação ao Supremo, o que impediria o “efeito cascata” nas contas do governo.
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Caso Celso Daniel
Segundo a revista VEJA, o empresário Marcos Valério revelou ao juiz federal Sergio Moro o que sabe sobre a operação para comprar o silêncio de Ronan Maria Pinto, para não envolver o ex-presidente Lula no assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel. Valério afirmou que houve suborno, mas não deu detalhes, dizendo temer por sua vida. Em depoimento de 2012, Valério apontou o empréstimo concedido pelo Banco Schahin ao empresário José Carlos Bumlai em 2004 como forma de pagar uma extorsão a que eram submetidos Lula e o ex-ministro Gilberto Carvalho para que não fossem implicados no caso. Na época, citou a quantia de 6 milhões de reais, que seriam dados a Maria Pinto para não envolver a ambos e José Dirceu no caso.
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Oi para os credores
O conselho administrador da operadora telefônica Oi divulgou nota afirmando que o plano de recuperação judicial apresentado na semana passada é compatível com a intenção de “viabilizar a recuperação e a sustentabilidade da empresa. Na semana passada, as ações da empresa subiram na expectativa da divulgação do plano para cair 17% no dia após a divulgação. A nota foi aprovada pelo conselho, que disse que os credores devem discutir os planos “dentro dos processos formais de recuperação judicial”. Na semana passada, credores da Oi disseram que o plano de recuperação prioriza os lucros dos acionistas e dos representantes da empresa.
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Juros nas alturas
A taxa de juros médias praticado pelos bancos para o cheque especial subiu 0,04 ponto percentual em setembro, alcançando 13,56% ao mês, apontou uma pesquisa realizada pelo Procon-SP. Com a taxa nesse patamar, uma dívida acumulada no cheque especial dobra em menos de seis meses. Dentro da amostra de sete bancos, dois aumentaram os juros, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
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A saúde de Hillary
O estado médico de Hillary Clinton ganhou as manchetes nesta segunda-feira, depois de a democrata passar mal num evento em homenagem às vítimas do 11 de Setembro na tarde de domingo. A princípio, sua campanha havia dito que o culpado era o calor, mas confirmou mais tarde que ela havia sido diagnosticada com pneumonia dias antes. O republicano Donald Trump já havia chamado a atenção para a saúde da rival, afirmando que lhe faltava “energia mental e física” para ser presidente. Em 2012, a ex-secretária de Estado teve um problema de coágulo sanguíneo e especulava-se que ela não havia se recuperado totalmente do problema — o que os democratas chamaram de teoria da conspiração.
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Fed pró-Obama?
Para Trump, o Fed, banco central dos Estados Unidos, vem mantendo as taxas de juro baixas no país para ajudar o presidente democrata Barack Obama. Em entrevista à CNBC, Trump criticou a presidente do Fed, Janet Yellen. “Ela é obviamente política e faz o que Obama quer que ela faça”, disse, embora sem mencionar Yellen nominalmente. O Fed não quis se pronunciar a respeito de Trump, mas deu nesta segunda-feira mais um sinal de que os juros americanos — hoje entre 0,25% e 0,5% — não devem subir tão cedo. O chefe da instituição em Washington, Lael Brainard, pediu “prudência” e disse que os Estados Unidos ainda estão vulneráveis e que, antes de mexer nos juros, espera ver uma evidência mais consistente no mercado consumidor e no aumento da inflação. O conselho do Fed se reunirá novamente nos dias 20 e 21.
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O cessar-fogo na Síria
Após semanas de negociação entre Rússia e Estados Unidos, um cessar-fogo finalmente entrou em vigor na Síria no início desta segunda-feira. Embora a paz tenha durado poucas horas em muitos locais — há relatos de ataques tanto por forças governistas quanto por rebeldes —, nenhum grande ataque foi registrado. O previsto é que o cessar-fogo dure sete dias, respeitando a celebração do Eid al-Adha, festa religiosa dos muçulmanos em homenagem ao profeta Abraão. Em virtude das comemorações, o presidente sírio, Bashar al-Assad, visitou a cidade de Daraya — retomada recentemente de terroristas — horas antes do início do cessar-fogo e afirmou que vai reconquistar “toda a Síria”.