Hospital Universitário: funcionários protestam contra diminuição dos atendimentos devido a corte de verbas imposto pela direção da USP. (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2016 às 09h06.
São Paulo - Funcionários da Universidade de São Paulo (USP) aprovaram a realização de uma paralisação na quinta-feira, 12.
Além do reajuste salarial, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), o principal motivo do movimento grevista são as medidas de economia tomadas pela administração da universidade, que vive grave crise financeira.
Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, os servidores estão preocupados com as limitações de atendimento no Hospital Universitário (que está com o pronto-socorro infantil funcionando apenas de dia, não faz mais atendimento de emergência oftalmológico e está encaminhando mulheres grávidas para outras unidades de saúde).
Eles também pedem a reabertura de vagas nas creches da instituição.
Ainda segundo Carvalho, a instituição estaria preparando a terceirização dos restaurantes universitários - em novembro, o governo iniciou uma negociação para instalar restaurantes Bom Prato nas três universidades paulistas.
Outro motivo para a greve é que a reitoria solicitou ao Sintusp para que desocupasse o imóvel de sua sede, na Escola de Comunicação e Artes (ECA), na Cidade Universitária.
"O reitor deu 30 dias (o prazo venceu no último dia 6) para sairmos, mas não vamos desocupar. Ele quer acabar com o sindicato para fazer o desmonte da universidade", disse Carvalho.
A universidade informou que pediu a desocupação do sindicato tendo em vista a "regularização dos espaços da USP e a necessidade do aproveitamento acadêmico da área".
Com data-base em 1º de maio, os servidores ainda não receberam nenhuma proposta de reajuste. Eles pedem 12,8%, sendo 9,8% de reajuste inflacionário e 3% de perdas anteriores.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) informou que ainda está analisando um índice de reajuste salarial com "grande responsabilidade e avaliando novos indicadores da economia".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.