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Funcionários avaliam greve mesmo com oferta salarial da CPTM

Ferroviários avaliarão nova proposta da CPTM de um reajuste salarial de 7,72%, mas não descartam possibilidade de greve


	A principal queixa da categoria é quanto às diferenças de tratamento para a mesmas funções entre o Metrô e a CPTM
 (Marco Santos/USP Imagens)

A principal queixa da categoria é quanto às diferenças de tratamento para a mesmas funções entre o Metrô e a CPTM (Marco Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 16h35.

São Paulo - Os funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fazem assembleias nas quatro bases sindicais, hoje (26) à tarde, para avaliar a nova proposta da empresa de um reajuste salarial de 7,72% mais 1% de aumento real .

Eles também vão apreciar a proposta o desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal, de uma desistência da greve marcada para amanhã (27), em movimento paralelo aos metroviários, e que a categoria aguarde a nova audiência, no  próximo dia 2, às 11h30.

O reajuste foi proposto na manhã de hoje (26) na segunda audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). Embora a empresa tenha elevado a oferta anterior, a correção está abaixo do pleiteado pelos trabalhadores.

Os ferroviários querem a reposição inflacionária com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), 8,24% mais 10% de aumento real entre outras melhorias.

A CPTM oferecia aumento de 7,21% a titulo de repor as perdas com base na inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), incluindo 1,5% de produtividade. A própria justiça trabalhista havia proposto, na primeira audiência ocorrida ontem (25), índice acima disso 8,25%.

O líder sindical, Rogério Pinto dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocaba, uma das quatro entidades dos ferroviários, avalia que, da forma como foi apresentada, "a proposta da CPTM não passa na apreciação dos empregados".

Ele considera que poderia chegar a ponto de equilíbrio, caso a empresa melhorasse os benefícios, equiparando-os aos concedidos aos trabalhadores do Metrô.

Segundo ele, a principal queixa da categoria é quanto às diferenças de tratamento para a mesmas funções entre o Metrô e a CPTM.

Como exemplo citou que enquanto alguns funcionários recebem o valor do tíquete alimentação de R$ 240,00, o mesmo tipo de funcionário do Metrô recebe o dobro desse valor.

Entre as reivindicações estão as dos engenheiros que querem isonomia com os que exercem as mesmas funções no Metrô com a definição de um piso salarial.

Na audiência de conciliação, o desembargador Wilson Fernandes, ponderou que a CPTM tem de dar uma resposta neste sentido.

A Justiça determinou que em caso de paralisação, não poderá ocorrer a liberação de catracas e ainda terá de ser cumprida a medida de manter, nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) , 90% do efetivo de maquinistas e de 70% nas demais atividades que envolve os serviços de operação e manutenção de trens, pessoal das estações, segurança, manutenção e operação.

Fora do horário considerado de maior movimento, foi estabelecido que 60% dos trabalhadores continuem nas atividades.

Até o fechamento da edição, a CPTM ainda não tinha se posicionado a respeito.

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