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FT: onda de mortes causadas por polícia marca primeiros meses de Bolsonaro

Segundo dados do governo estadual apresentados na reportagem, a taxa de homicídios cometidos no Rio de Janeiro por policiais supera três por dia

Assassinatos pela polícia: Financial Times cita como um dos episódios a operação da Polícia Militar que resultou em 15 mortos em fevereiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Assassinatos pela polícia: Financial Times cita como um dos episódios a operação da Polícia Militar que resultou em 15 mortos em fevereiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de março de 2019 às 15h16.

Última atualização em 6 de março de 2019 às 15h18.

São Paulo - Uma onda de assassinatos cometidos por policiais no Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, marca os primeiros meses de governo do presidente Jair Bolsonaro, destaca uma reportagem publicada no portal do jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira, 6.

A publicação classifica o início do ano como "sangrento" no Rio, onde, de acordo com dados do governo estadual apresentados na reportagem, a taxa de homicídios cometidos por policiais supera três por dia. O FT cita como um dos episódios a operação da Polícia Militar que resultou em 15 mortos em fevereiro na capital fluminense.

"Políticos locais classificam as operações policiais como um sucesso. Outros dizem que são uma amostra do que está por vir no novo governo liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, que foi eleito no ano passado em parte com a promessa de endurecimento contra a criminalidade", diz o texto.

A reportagem aponta também a disputa entre facções criminosas no País e levanta dúvidas sobre a efetividade do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), lançado pelo governo anterior, sob a gestão de Bolsonaro. O jornal cita o pacote anticrime enviado ao Congresso Nacional, o fato de o projeto isentar a pena de policiais que matarem em serviço por "escusável medo, surpresa ou violenta emoção" e ainda o decreto que flexibilizou a posse de armas.

O SUSP, disse à reportagem o ouvidor-geral da Defensoria Pública do Rio, Pedro Strozenberg, "está enterrado, pelo menos pelos próximos quatro anos".

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