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Frente Parlamentar dos Caminhoneiros notifica governo sobre greve

Categoria promete interromper suas atividades caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo governo

 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

(Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de outubro de 2021 às 09h04.

A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas notificou o governo federal e autoridades parlamentares sobre a paralisação dos caminhoneiros, prevista para 1º de novembro, e o estado de greve da categoria desde o último sábado (16). "Motivada pelos sucessivos aumentos no preço dos combustíveis e outras pautas", afirmou a entidade. No documento enviado a autoridades do Executivo e Legislativo e assinado pelo presidente da bancada, deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), a Frente diz que está disposta a "auxiliar nos diálogos e propostas de solução com representantes dos caminhoneiros".

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Transportadores rodoviários prometem interromper suas atividades caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo governo. No documento enviado ao governo, a frente relatou que a deliberação da greve decorreu diante do "inconformismo" dos caminhoneiros sobre os sucessivos aumentos de preços dos combustíveis e derivados básicos de petróleo, entre outras pautas. "Esta Frente Parlamentar não tem atributos para endossar ou não, a deliberação dos caminhoneiros em relação ao estado de greve e suas motivações", destacou.

A bancada também criticou a política de preços da Petrobras para combustíveis, alegando que é baseada em critérios "antieconômicos". "É de conhecimento público que a Petrobras tem praticado medidas com critérios antieconômicos sobre o preço dos combustíveis, derivados de petróleo e gás natural, elevando periodicamente os preços do diesel, da gasolina e do gás, sem qualquer critério econômico nacional", alegou.

Por fim, a frente reiterou que se dispõe a auxiliar na interlocução entre as lideranças do Executivo, Legislativo e da categoria para que sejam encontradas "soluções com brevidade, antes que se confirme o trauma da paralisação anunciada". Os ofícios foram enviados nesta terça e endereçados ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira Filho, ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ao presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, e ao presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

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