(Orlando Brito/VEJA)
EFE
Publicado em 15 de julho de 2018 às 16h45.
Havana - Representantes de partidos de esquerda da América Latina exigiram neste domingo a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do XXVI Foro de São Paulo, que vai até a próxima terça-feira, em Havana, capital de Cuba.
"Para impedir que volte a presidir o Brasil, Lula se encontra injustamente preso há 100 dias, mas seguimos resistindo, lutando", afirmou a secretária-executiva do Foro de São Paulo, Mónica Valente, no discurso de abertura do evento, fundado pelo próprio ex-presidente brasileiro e por Fidel Castro na década de 1990.
Após o discurso, parte dos presentes iniciou um canto de "Lula livre" no auditório do Palácio de Convenções de Havana, que reúne 439 delegados, entre eles políticos e ativistas.
A ex-presidente Dilma Rousseff está no evento e afirmou que Lula é um preso político. Candidata ao Senado por Minas Gerais, Dilma voltou a defender que seu antecessor dispute as eleições em outubro.
"A cada dia que passa, Lula se aproxima mais das urnas", disse Dilma aos jornalistas depois da abertura do Foro de São Paulo.
A presença dos presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Bolívia, Evo Morales, são esperadas em um dos três dias do evento, assim como do primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC), o ex-presidente Raúl Castro.
O Foro de São Paulo, que não era realizado em Cuba desde 2011, tem como objetivo nesta XXIV edição buscar unidade da esquerda em relação aos alegados "ataques" do "imperialismo" dos Estados Unidos e do neoliberalismo.
O evento inclui partidos políticos de esquerda de Argentina, Aruba, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Curaçao, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Trinidade e Tobago, Uruguai e Venezuela. EFE