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FMI: controle de capital é apropriado para o Brasil

Porta-voz do órgão diz que medida pode ter tomada por Brasil e Índia para evitar problemas pelo aumento no fluxo de investimentos

O FMI prepara orientações sobre o uso de medidas de controle de capital  (Getty Images/EXAME.com)

O FMI prepara orientações sobre o uso de medidas de controle de capital (Getty Images/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 13h59.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que os controles de capital são ferramentas apropriadas que países como Índia e Brasil podem utilizar para evitar eventuais danos à economia provocados pelo aumento no fluxo de investimentos direcionado a países emergentes.

"Os controles de capital são certamente parte do conjunto de ferramentas e medidas que os países podem levar em consideração" disse a porta-voz do FMI, Caroline Atkinson, quando questionada sobre as recomendações do fundo para a Índia, publicadas ontem.

Quando questionada sobre os controles de capital adotados pelo Brasil, ela disse que o FMI considera essas medidas prudentes, "concentradas em fortalecer o sistema bancário no Brasil diante da grande entrada de capital e uma parte adequada do conjunto de ferramentas".

Antes, no entanto, uma outra autoridade do FMI afirmou em Nova Délhi que a Índia ainda não precisa tomar nenhuma medida para controlar a entrada de capital no país.

Como parte das avaliações periódicas feitas pelo fundo, o FMI disse ontem que se a rupia ficasse muito forte, a Índia teria de intervir no mercado de câmbio ou adotar as chamadas "medidas macroprudenciais".

A defesa das medidas de controle de capital sinaliza uma inversão na postura do FMI sobre esse assunto. Ontem, a instituição anunciou que prepararia orientações para o uso deste tipo de ferramenta.

Após a crise financeira, os juros baixos em países desenvolvidos e os juros elevados nos mercados emergentes provocaram um aumento no fluxo de investimentos para as nações em desenvolvimento. Esse dinheiro contribuiu para o crescimento desses países, mas também aumentou o risco de um superaquecimento econômico. As informações são da Dow Jones.

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