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Flamengo: MP pediu interdição do Ninho do Urubu em 2015

Órgão ajuizou uma ação civil pública alertando sobre precárias condições de habitação dos alojamentos do clube

Flamengo: Incêndio em alojamentos deixou dez pessoas mortas (Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 21h49.

São Paulo - O centro de treinamentos do Flamengo , em Vargem Grande, local de um incêndio que deixou dez mortos e três pessoas feridas, nesta sexta-feira, está na mira do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro desde 2015. O órgão ajuizou uma ação civil pública, em março de 2015, alertando para as precárias condições de habitação dos alojamentos.

Após as visitas, os promotores chegam a comparar as instalações do CT às unidades do Departamento Geral de Ações Educativas (Degase), instituição responsável pelo cumprimento de medidas socioeducativas de jovens menores infratores.

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"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro já havia ajuizado uma ação civil pública, em março de 2015, alertando que as precárias condições oferecidas pelo Clube de Regatas do Flamengo a seus atletas são inferiores até mesmo àquelas ofertadas aos adolescentes que cumprem medida socioeducativa de semiliberdade em unidades do Departamento Geral de Ações Educativas (Degase), o que revela o absurdo da situação", diz nota divulgada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região do Rio.

O tribunal também informa que foram feitas várias visitas ao CT. "Ainda de acordo com a ação ajuizada, o Comissariado de Justiça da Infância e Juventude realizou reiteradas visitas ao Centro de Treinamento Ninho do Urubu, constatando sinais de irregularidades quanto à habitação, além de grande precariedade no que se refere aos colchões utilizados pelos adolescentes". O órgão ainda denunciou que vários adolescentes permaneceram no Centro de Treinamento sem autorização formal dos pais.

Dentre os pedidos do TRT estão inclusive a suspensão das atividades das categorias de base do Flamengo, interdição dos alojamentos e entrega dos adolescentes aos responsáveis. Outro alvo de críticas é a falta de educadores.

Treze atletas das categorias de base do Flamengo e três funcionários do clube foram ouvidos pela Polícia Civil do Rio ao longo desta sexta-feira, no inquérito que apura a responsabilidade pelo incêndio que atingiu. Não há novos depoimentos previstos para sábado e domingo.

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