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Firjan comemora PIB, mas pede redução de impostos

Economista-chefe da entidade considera que diversas áreas da indústria contribuíram para o aumento de 7,5% do PIB

O PIB industrial cresceu 10,1% em 2010 (Fernando Cavalcanti/Veja)

O PIB industrial cresceu 10,1% em 2010 (Fernando Cavalcanti/Veja)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 18h09.

Rio de Janeiro - Embora a base de comparação tenha sido deprimida devido à crise financeira internacional em 2008, o crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado foi considerado um resultado “excepcional” pelo economista da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Gabriel Pinto. Esse é o maior PIB do Brasil desde 1986, quando a economia também cresceu 7,5%.

Os números relativos ao PIB, divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a indústria foi o setor que mais evoluiu no ano passado. O PIB industrial aumentou 10,1%, puxado pela indústria extrativa mineral (+15,7%).

Segundo o especialista em desenvolvimento econômico da Firjan, o crescimento foi disseminado em diversas áreas da indústria, com destaque para a construção civil.

“O legal é que (o resultado do PIB nacional) não foi sustentado só no consumo das famílias, como vinha sendo. Foi um crescimento com muita força da formação bruta de capital fixo. Um crescimento de 22% na comparação interanual é bastante elevado. É um nível ótimo para que a gente continue formando a base para um crescimento sustentado de longo prazo”, disse Gabriel Pinto.

O economista afirmou que o crescimento de 7,5% traz reflexos positivos sobre o bem-estar social, entre os quais citou a menor taxa de desemprego da série histórica e o avanço da massa salarial, com efeitos sobre o consumo das famílias.

A parte negativa mostrada pelo PIB, segundo o economista, foi o crescimento de 12,5% dos impostos líquidos sobre os produtos. “Quase o dobro do resultado do PIB”. Para a Firjan, a expansão da carga tributária evidencia a necessidade urgente da reforma tributária. “A gente já está em um nível bastante elevado da carga tributária. E ela crescer mais do que o PIB retarda o crescimento brasileiro. Isso é complicado porque compromete o crescimento de longo prazo”.

O economista disse que, em 2011, a indústria de forma geral e, em particular, a indústria fluminense, “com certeza, vão manter o vigor”, demonstrado no ano passado. Ele avaliou que cronograma de investimentos no estado do Rio até 2016 cria um cenário prospectivo favorável para que a indústria continue mantendo o ritmo.

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