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Fiocruz prevê receber IFA só em 8 de fevereiro e negocia mais doses prontas

O insumo para produzir mais doses da vacina de AstraZeneca/Oxford estava previsto para chegar da China neste mês, mas deve atrasar

Vacina AstraZeneca/Oxford: as primeiras duas milhões de doses chegaram da Índia nesta sexta-feira, 22 (GEOFF CADDICK/Getty Images)

Vacina AstraZeneca/Oxford: as primeiras duas milhões de doses chegaram da Índia nesta sexta-feira, 22 (GEOFF CADDICK/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2021 às 21h46.

Última atualização em 23 de janeiro de 2021 às 21h47.

Em meio à demora na chegada dos insumos para fazer mais doses de vacina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já negocia a compra de um segundo lote de vacinas prontas da AstraZeneca

As novas doses seriam adquiridas caso o insumo farmacêutico ativo (IFA), que será utilizado na produção nacional, demore a chegar da China. A entrega do insumo era esparada para janeiro, mas, agora, está prevista para chegar "por volta do dia 8 de fevereiro", segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Neste sábado, 23, a instituição recebeu o primeiro lote, de duas milhões de vacinas prontas vindas do Instituto Serum, na Índia, que, como a Fiocruz, é parceiro da AstraZeneca na produção. As doses foram entregues ao Ministério da Saúde e começaram a ser entregues aos estados nesta tarde.

A compra de mais doses prontas, no entanto, ainda está em negociação e não há data e quantidade definidos para o novo lote. 

O IFA vindo da China seria importante para que a Fiocruz possa misturar e envasar novas doses diretamente no Brasil. Em uma terceira etapa, por fim, a instituição planeja fabricar o próprio insumo.

O Ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, fala durante a cerimônia de chegada das doses das vacinas AstraZeneca / Oxford contra a doença do coronavírus (COVID-19) da Índia, na Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro, Brasil, dia 22 de janeiro de 2021. REUTERS / Ricardo Moraes

O Ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, fala durante a cerimônia de chegada das doses das vacinas AstraZeneca/Oxford nesta sexta-feira, 22, no Rio: doses começaram a ser distribuídas (Ricardo Moraes/Reuters)

A presidente da Fiocruz assegurou, no entanto, que não há atraso no contrato firmado com a AstraZeneca e negou que a atuação da equipe diplomática do governo federal tenha prejudicado a entrega do insumo.

Segundo Lima, o produto não poderá ser entregue ainda neste mês porque um parecer do laboratório chinês indicou risco biológico elevado na produção do insumo, mas que "o problema já foi superado". "A chegada do IFA está nos consumindo", afirmou.

Está prevista a compra de 15 milhões de doses de IFA por mês em dois lotes, com intervalo de duas semanas entre eles. No futuro, a expectativa é que o processo de produção brasileiro das vacinas seja acelerado quando a Fiocruz adaptar suas linhas de produção para fabricar o IFA da vacina diretamente.

A expectativa é fabricar o primeiro insumo nacionalmente em abril deste ano e ter 100,4 milhões de doses da vacina até julho. Até o fim do ano, devem ser disponibilizados mais 110 milhões.

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