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Fifa e governo brasileiro reajustam esquema de segurança

Se for necessário usarmos segurança pública, não temos nada contra", afirmouJerome Valcke, secretário-geral da Fifa


	Torcedores chilenos sem ingresso tentam invadir as arquibancadas do Maracanã
 (Matthias Hangst/Getty Images)

Torcedores chilenos sem ingresso tentam invadir as arquibancadas do Maracanã (Matthias Hangst/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2014 às 14h30.

A Fifa e o governo brasileiro acertaram na sexta-feira à noite um reajuste no plano de segurança da Copa do Mundo, concordando em mobilizar mais efetivos em todos os estádios, dois dias depois da invasão de uma centena de torcedores chilenos no Maracanã.

"Como resultado desse avaliação, decidiu-se reforçar a segurança nos perímetros do estádio e aumentar a presença de segurança pública nos acessos aos pontos de controle e de segurança privada nos 12 estádios", anunciou a entidade máxima do futebol em um comunicado.

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, reuniu-se no Rio de Janeiro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com representantes do Comitê Organizador Local (COL) e dos ministério dos Esportes e da Defesa.

"Se for necessário usarmos segurança pública, não temos nada contra", afirmou Valcke, de acordo com diversos jornais brasileiros.

"O que queremos é um evento seguro. Tudo que for necessário para alcançar essa segurança será feito pela Fifa e pelo governo", acrescentou.

Por sua parte, a Polícia Militar do Rio de Janeiro vai ampliar seus efetivos e instalará barreiras mais resistentes no entorno do Maracanã.

"Vamos estabelecer um cordão de isolamento suplementar, com grades móveis nas zonas sensíveis do Maracanã, e mobilizaremos 600 policiais nessas áreas", declarou o comandante da PM, coronel José Luis Castro, em coletiva de imprensa na sexta-feira.

"Os efetivos privados da última partida (no Maracanã) eram 1.037 homens, efetivos que serão mantidos para a próxima partida, de domingo (entre Bélgica e Rússia). Dependendo do risco do encontro, poderemos empregar um dispositivo mais importante", explicou ao seu lado Hilario Medeiros, gerente-geral do COL.

"Temos brigadas de intervenção rápida, que atuaram para conter os torcedores que depois foram detidos pela PM. Com as novas medidas, em caso de tentativa de entrada à força, contaremos com um segundo cordão de policiais", afirmou.

De acordo com Medeiros, houve "uma ruptura do perímetro de segurança, e as barreiras não suportaram a pressão dos torcedores que se concentravam ali".

Falhas no Maracanã 

Roberto Alzir, subsecretário extraordinário de grandes eventos da secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, reconheceu "falhas pontuais que vão ser corrigidas e, se essas medidas não forem suficientes, serão ampliadas".

Alzir atribuiu em certa medida essas falhas às estruturas provisórias, montadas de última hora e convertidas em pontos mais vulneráveis.

Na quarta-feira, mais de 80 chilenos sem ingresso foram detidos por invadir a sala de imprensa do Maracanã, antes da partida entre Chile e Espanha.

Cerca de 30 torcedores argentinos já haviam forçado a entrada no estádio no dia 15 de julho, para a partida contra a Bósnia.

Segundo Alzir, "18 zonas sensíveis foram identificadas, e é nelas onde será montado o cordão suplementar da polícia".

O subsecretário lembrou que o estádio, além de ser um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, encontra-se em uma zona residencial onde vivem 550.000 pessoas.

"Não podemos impedir os turistas sem ingresso de se aproximaram do Maracanã para tirar fotos. Não existe uma zona de proibição total ao redor do estádio, mas, por causa das manifestações, a PM estabeleceu um perímetro de segurança", assinalou.

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