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FHC falou com interlocutores de Marina, diz Capobianco

Aliado de Marina, Capobianco disse também que representantes do PT entraram em contato

Marina Silva (PSB) durante coletiva de imprensa após o resultado da eleição, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva (PSB) durante coletiva de imprensa após o resultado da eleição, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 21h11.

São Paulo - O biólogo João Paulo Capobianco, aliado de Marina Silva, confirmou nesta segunda-feira que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entrou em contato com interlocutores da ex-ministra.

Capobianco disse também que representantes do PT entraram em contato. Ele, porém, não quis dar outros nomes envolvidos nessas conversas.

"Várias pessoas conversaram com várias pessoas do PSDB", afirmou. Sobre o contato com FHC, Capobianco disse que foi uma conversa rápida e informal e que, quando for feita uma interlocução formal, ela se tornará pública.

Capobianco participava de uma reunião com lideranças da Rede Sustentabilidade, projeto de partido de Marina, e com líderes do PSB.

O biólogo repetiu indicações dadas pela candidata que apontam para uma parceria com Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, sem, contudo, responder diretamente sobre a tendência do grupo.

"É necessário haver sinalização. O PSDB precisa sinalizar", disse em relação a um processo que os marineiros vêm chamando de "mudança qualificada".

Segundo Capobianco, entre os pontos fundamentais do programa de governo que o grupo pretende levar para um eventual apoio de segundo turno está a melhoria dos processos democráticos, como o fim da reeleição e a revisão do critério para distribuição do tempo de horário eleitoral, hoje determinado pela coligação partidária.

Ele citou também como centrais as propostas para educação e sustentabilidade.

O aliado de Marina ressaltou que há uma discussão em andamento e não há qualquer direcionamento formal da ex-ministra ou da coligação que a apoiou nessa disputa presidencial.

"Não é natural o apoio ao PSDB ou o apoio a ninguém. Não há alinhamento automático", afirmou.

Mas disse que "neutralidade" não é uma palavra no dicionário deles e admitiu que há uma avaliação de que "não dá mais para ter quatro anos deste governo", em referência ao governo Dilma Rousseff (PT).

Questionado sobre o programa de governo apresentado por Aécio, Capobianco disse não ter lido e considerar que não foi um documento formal apresentado à sociedade.

Aécio apresentou o programa de forma fragmentada via redes sociais na última semana antes do primeiro turno.

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