FHC diz que não se envolverá na campanha de SP
Além de não "morder canelas", Fernando Henrique disse que não vai se envolver diretamente na campanha do PSDB
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2012 às 16h39.
Belo Horizonte - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou nesta quinta seu sucessor Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que morder canelas não é "apropriado" a seres humanos. Ao declarar seu engajamento na campanha do ex-ministro Fernando Haddad pela prefeitura de São Paulo , Lula declarou que vai "morder a canela dos adversários" para que o petista seja eleito. "Eu não sei morder canela. Não acho apropriado para um ser humano", disparou FHC, sorrindo, após palestra em Belo Horizonte para empresários do setor de construção.
Além de não "morder canelas", Fernando Henrique disse que não vai se envolver diretamente na campanha do PSDB pela prefeitura paulistana, mas ressaltou que o partido deve fazer uma avaliação cuidadosa da viabilidade de uma chapa puro sangue, encabeçada pelo ex-governador José Serra com o ex-secretário de Cultura Andrea Matarazzo como vice. FHC salientou que a questão da campanha "não é só ganhar" porque há o "problema político" de conseguir apoio na Câmara municipal para conseguir aprovar projetos de interesse do Executivo. "Acho o Andrea uma excelente pessoa. Foi excelente secretário e tem todas as virtudes. Mas o problema é político. Dá para governar depois?", indagou.
Ele lembrou que, graças ao Plano Real, poderia ter entrado na disputa presidencial sem uma grande aliança e "eventualmente ganhar sozinho". "Eu não quis isso. Ganho e não governo. Na democracia, você não governa sem apoio", avaliou.
Ele ressaltou, porém, que política é feita "no ferro quente" e, por não estar diretamente envolvido na campanha de Serra, não teria condições de avaliar a melhor possibilidade para a chapa tucana em São Paulo. "Não conheço a situação concreta da Câmara e o cálculo que o (José) Serra e o Geraldo (Alckmin) estão fazendo para ver se dá para ir sozinho ou não. Não é simplesmente porque quer ou não quer (chapa puro sangue)", observou o ex-presidente.
Presidência
Ao comentar sobre eleições, FHC admitiu que, ao menos por enquanto, "não há muitos nomes" do PSDB em condições de disputar a Presidência em 2014. Ele confirmou a possibilidade de uma candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o que, para o ex-presidente, "depende basicamente dele". Mas Fernando Henrique salientou que o mineiro precisa "criar condições" para alavancar a própria candidatura. "Candidatura depende da capacidade de despertar interesse dos outros. Ninguém pode ser candidato de si mesmo. O senador Aécio Neves tem qualidades inegáveis. Depende dele criar as condições", avaliou.
FHC declarou que, nesse caso, o mineiro tem seu apoio, mas com a ressalva de que "política nunca é isso" e que, quando a disputa estiver mais próxima, essas "condições" podem ser criadas por outros integrantes da legenda. "O PSDB deverá ter um candidato. Não há muitos nomes. Não sei qual é a posição do governador de São Paulo, torço para que o Serra seja eleito, mas não sei como vai ser. São os nomes que estão aí. A não ser que apareça outro", concluiu.
Belo Horizonte - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou nesta quinta seu sucessor Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que morder canelas não é "apropriado" a seres humanos. Ao declarar seu engajamento na campanha do ex-ministro Fernando Haddad pela prefeitura de São Paulo , Lula declarou que vai "morder a canela dos adversários" para que o petista seja eleito. "Eu não sei morder canela. Não acho apropriado para um ser humano", disparou FHC, sorrindo, após palestra em Belo Horizonte para empresários do setor de construção.
Além de não "morder canelas", Fernando Henrique disse que não vai se envolver diretamente na campanha do PSDB pela prefeitura paulistana, mas ressaltou que o partido deve fazer uma avaliação cuidadosa da viabilidade de uma chapa puro sangue, encabeçada pelo ex-governador José Serra com o ex-secretário de Cultura Andrea Matarazzo como vice. FHC salientou que a questão da campanha "não é só ganhar" porque há o "problema político" de conseguir apoio na Câmara municipal para conseguir aprovar projetos de interesse do Executivo. "Acho o Andrea uma excelente pessoa. Foi excelente secretário e tem todas as virtudes. Mas o problema é político. Dá para governar depois?", indagou.
Ele lembrou que, graças ao Plano Real, poderia ter entrado na disputa presidencial sem uma grande aliança e "eventualmente ganhar sozinho". "Eu não quis isso. Ganho e não governo. Na democracia, você não governa sem apoio", avaliou.
Ele ressaltou, porém, que política é feita "no ferro quente" e, por não estar diretamente envolvido na campanha de Serra, não teria condições de avaliar a melhor possibilidade para a chapa tucana em São Paulo. "Não conheço a situação concreta da Câmara e o cálculo que o (José) Serra e o Geraldo (Alckmin) estão fazendo para ver se dá para ir sozinho ou não. Não é simplesmente porque quer ou não quer (chapa puro sangue)", observou o ex-presidente.
Presidência
Ao comentar sobre eleições, FHC admitiu que, ao menos por enquanto, "não há muitos nomes" do PSDB em condições de disputar a Presidência em 2014. Ele confirmou a possibilidade de uma candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o que, para o ex-presidente, "depende basicamente dele". Mas Fernando Henrique salientou que o mineiro precisa "criar condições" para alavancar a própria candidatura. "Candidatura depende da capacidade de despertar interesse dos outros. Ninguém pode ser candidato de si mesmo. O senador Aécio Neves tem qualidades inegáveis. Depende dele criar as condições", avaliou.
FHC declarou que, nesse caso, o mineiro tem seu apoio, mas com a ressalva de que "política nunca é isso" e que, quando a disputa estiver mais próxima, essas "condições" podem ser criadas por outros integrantes da legenda. "O PSDB deverá ter um candidato. Não há muitos nomes. Não sei qual é a posição do governador de São Paulo, torço para que o Serra seja eleito, mas não sei como vai ser. São os nomes que estão aí. A não ser que apareça outro", concluiu.