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Fernando Henrique defende CPI do Cachoeira

Ex-presidente tucano também disse que o Brasil está cansado da corrupção

FHC: "Acho que o país cansou, então talvez seja o momento de o Congresso crescer e fazer uma CPI que vá na raiz das questões" (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2012 às 17h47.

Brasília - Dizendo-se cansado da corrupção, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta terça a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. "Acho que o país cansou, então talvez seja o momento de o Congresso crescer e fazer uma CPI que vá na raiz das questões, e que não seja somente para acusar sem base. O Congresso tem que fazer (a CPI)", afirmou durante entrevista.

Fernando Henrique foi homenageado nesta terça pela Câmara dos Deputados, que exibiu um trecho do documentário "A construção de Fernando Henrique Cardoso", produzido pela TV Câmara. O filme vai ao ar na quinta-feira, às 21h30. No documentário, o ex-presidente conta que se mudou para São Paulo na década de 1940, quando a área do Pacaembu ainda era de terra e as carroças estavam presentes nas ruas. Depois, fala de sua entrada na política, a eleição para senador, a Assembleia Constituinte, o ministério e os dois mandatos de presidente da República.

Quanto à CPI do Cachoeira, que deverá ser instalada no Congresso para apurar as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresas privadas em todas as esferas dos três poderes, Fernando Henrique disse que a sociedade espera que, além das investigações no Parlamento, a Justiça puna os corruptos. "A corrupção continua assim porque você não tem punição".

Para ele, é preciso que o Congresso assuma sua responsabilidade, fazendo a CPI com "responsabilidades e serenidade". O ex-presidente comentou ainda que é possível fazer política sem a presença do Caixa 2. "Dá para fazer. Se não dá, tem que criar condições para fazer. É uma questão de ter respeito ao povo."

Na opinião do ex-presidente, é preciso passar a limpo todas as questões com serenidade porque as suspeitas atingem quase todos os partidos. "Nos cansamos de ver fraudes, corrupção. Eu não estou criticando A, B ou C, porque infelizmente atingem quase todos, não digo pessoas, partidos".

Antes da entrevista, ao agradecer a homenagem que recebeu da Câmara, Fernando Henrique revelou que a certa altura da vida pensou em ser padre e que sua mãe achava que ele chegaria a papa. Negou que tenha desistido da vida monástica para virar um namorador: "Isso não. É mentira". Brincou com sua boa relação com a presidente Dilma Rousseff. Indagado na entrevista sobre a ausência da presidente na festa em sua homenagem, afirmou em tom de surpresa: "A Dilma está no Brasil?"

Por fim, o ex-presidente recusou-se a entrar na disputa pela prefeitura de São Paulo: "Onde fica São Paulo mesmo?"

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Quanto à CPI do Cachoeira, que deverá ser instalada no Congresso para apurar as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresas privadas em todas as esferas dos três poderes, Fernando Henrique disse que a sociedade espera que, além das investigações no Parlamento, a Justiça puna os corruptos. "A corrupção continua assim porque você não tem punição".

Para ele, é preciso que o Congresso assuma sua responsabilidade, fazendo a CPI com "responsabilidades e serenidade". O ex-presidente comentou ainda que é possível fazer política sem a presença do Caixa 2. "Dá para fazer. Se não dá, tem que criar condições para fazer. É uma questão de ter respeito ao povo."

Na opinião do ex-presidente, é preciso passar a limpo todas as questões com serenidade porque as suspeitas atingem quase todos os partidos. "Nos cansamos de ver fraudes, corrupção. Eu não estou criticando A, B ou C, porque infelizmente atingem quase todos, não digo pessoas, partidos".

Antes da entrevista, ao agradecer a homenagem que recebeu da Câmara, Fernando Henrique revelou que a certa altura da vida pensou em ser padre e que sua mãe achava que ele chegaria a papa. Negou que tenha desistido da vida monástica para virar um namorador: "Isso não. É mentira". Brincou com sua boa relação com a presidente Dilma Rousseff. Indagado na entrevista sobre a ausência da presidente na festa em sua homenagem, afirmou em tom de surpresa: "A Dilma está no Brasil?"

Por fim, o ex-presidente recusou-se a entrar na disputa pela prefeitura de São Paulo: "Onde fica São Paulo mesmo?"

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