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Feliciano em comissão é 'tragédia grega', diz Marta

Segundo ministra, país atingiu o ápice do desrespeito aos direitos humanos, com uma pessoa com um discurso homofóbico presidindo a comissão


	Marta Suplicy: precisamos ouvir coisas como um projeto de cura gay, como se isso fosse doença
 (José Cruz/Agência Brasil)

Marta Suplicy: precisamos ouvir coisas como um projeto de cura gay, como se isso fosse doença (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2013 às 15h11.

São Paulo - A ministra da Cultura, Marta Suplicy, comparou neste domingo o comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso Nacional à uma "tragédia grega", em referência à presidência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). "Atingimos o ápice do desrespeito aos direitos humanos, com uma pessoa com um discurso homofóbico presidindo a comissão", disse, durante entrevista coletiva de apresentação da 17ª edição da Parada do Orgulho Gay de São Paulo.

Segundo ela, a realização da parada, que acontece neste domingo na região da Avenida Paulista, serve como um contraponto a manifestações e propostas encaminhadas por setores contrários à liberdade de orientação sexual. "Precisamos ouvir coisas como um projeto de cura gay, como se isso fosse doença", disse. Marta avaliou que as transformações da sociedade precisarão partir de fora do Congresso e elogiou a atuação do Poder Judiciário. "Pelo que se vê dali (Congresso), nada vai acontecer."

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ressaltou que foram criadas frentes parlamentares destinadas aos diretos de gays, lésbicas e travestis. "Isso é um contraponto à Comissão de Direitos Humanos, para que essa pauta não saia do Congresso", afirmou. Wyllys defendeu ainda a aprovação do projeto em tramitação no Congresso que torna mais rígidas as penas de lesão corporal e assassinato enquadrados em crimes de homofobia.

"Nos preocupa a composição da comissão de direitos humanos que encaminha projetos como o da cura gay, entre outros retrocessos", disse o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT, Fernando Quaresma. "Ao invés disso, deveriam se preocupar com problemas na educação, saúde ou drogas", complementou.

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