Fecomercio quer que o governo aproveite a alta do dólar para desfazer o IPI
Entidade afirma que a elevação do imposto para carros importados foi um equívoco
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2011 às 15h30.
São Paulo – A alta recente do dólar abre uma oportunidade de o governo repensar a decisão de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros importados.
A avaliação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (Fecomercio-SP), que considerou um equívoco a alta do imposto.
“Entendemos que o aumento do IPI foi uma decisão equivocada, estabelecida por improviso, comprometedora da competitividade do mercado e que certamente incorrerá em aumento de inflação, além de gerar riscos para a atração de novos investimentos produtivos no País e até mesmo de abertura de disputas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirma o diretor-executivo da Fecomercio-SP, Antonio Carlos Borges.
A entidade defende o livre mercado e o direito à ampla concorrência, em condições equânimes de competição. “Exatamente por isso, entendemos que a presença dos importados é um fator importante a ser considerado na preservação do controle inflacionário, bem como estabelece parâmetros significativos para pautar a competitividade da economia brasileira.”
Os técnicos da Fecomercio-SP reconhecem que o mercado de câmbio está, neste momento, sem referência. Durante o pregão desta quinta-feira, por exemplo, o dólar saltou para R$ 1,95 e depois recuou 10 centavos.
No entanto, a entidade que representa o varejo paulista acredita que a cotação do real ante a moeda americana não voltará aos patamares verificados anteriormente ao recente ciclo de valorização cambial.
“Não temos condições, por enquanto, de afirmar se o dólar ficará em R$ 1,80 ou R$ 2,10, mas toda a movimentação do mercado, assim como a própria atuação do Banco Central (BC), nos dão indicativos muito claros de que não devemos aguardar por uma cotação na faixa de R$ 1,60, que vinha sendo registrada ao longo do ano”, diz Borges.
“Além disso, a Fecomercio-SP se preocupa que o BC não esteja colocando em primeiro plano a manutenção da estabilidade, pois a desvalorização recente do Real terá efeitos inflacionários que exigirão medidas monetárias opostas às que estão sendo indicadas pelo BC”, acrescenta Borges, que prevê remessa de lucros de multinacionais que estão no Brasil por causa da crise, o que pode pressionar o câmbio.
“A Fecomercio-SP alerta, portanto, que a revogação das medidas protecionistas anunciadas pelo governo pode ser um sinal importante para garantir a regularidade do abastecimento do mercado doméstico, manter o estímulo a novos investimentos, e uma componente relevante para a manutenção de preços, impactando positivamente no controle da inflação.”
São Paulo – A alta recente do dólar abre uma oportunidade de o governo repensar a decisão de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros importados.
A avaliação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (Fecomercio-SP), que considerou um equívoco a alta do imposto.
“Entendemos que o aumento do IPI foi uma decisão equivocada, estabelecida por improviso, comprometedora da competitividade do mercado e que certamente incorrerá em aumento de inflação, além de gerar riscos para a atração de novos investimentos produtivos no País e até mesmo de abertura de disputas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirma o diretor-executivo da Fecomercio-SP, Antonio Carlos Borges.
A entidade defende o livre mercado e o direito à ampla concorrência, em condições equânimes de competição. “Exatamente por isso, entendemos que a presença dos importados é um fator importante a ser considerado na preservação do controle inflacionário, bem como estabelece parâmetros significativos para pautar a competitividade da economia brasileira.”
Os técnicos da Fecomercio-SP reconhecem que o mercado de câmbio está, neste momento, sem referência. Durante o pregão desta quinta-feira, por exemplo, o dólar saltou para R$ 1,95 e depois recuou 10 centavos.
No entanto, a entidade que representa o varejo paulista acredita que a cotação do real ante a moeda americana não voltará aos patamares verificados anteriormente ao recente ciclo de valorização cambial.
“Não temos condições, por enquanto, de afirmar se o dólar ficará em R$ 1,80 ou R$ 2,10, mas toda a movimentação do mercado, assim como a própria atuação do Banco Central (BC), nos dão indicativos muito claros de que não devemos aguardar por uma cotação na faixa de R$ 1,60, que vinha sendo registrada ao longo do ano”, diz Borges.
“Além disso, a Fecomercio-SP se preocupa que o BC não esteja colocando em primeiro plano a manutenção da estabilidade, pois a desvalorização recente do Real terá efeitos inflacionários que exigirão medidas monetárias opostas às que estão sendo indicadas pelo BC”, acrescenta Borges, que prevê remessa de lucros de multinacionais que estão no Brasil por causa da crise, o que pode pressionar o câmbio.
“A Fecomercio-SP alerta, portanto, que a revogação das medidas protecionistas anunciadas pelo governo pode ser um sinal importante para garantir a regularidade do abastecimento do mercado doméstico, manter o estímulo a novos investimentos, e uma componente relevante para a manutenção de preços, impactando positivamente no controle da inflação.”