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Fechamento de salas é "natural", diz Alckmin

O maior sindicato dos professores do Estado, a Apeoesp, tem afirmado que o governo estadual fechou mais de mil salas neste ano


	Geraldo Alckmin: "É natural que tenha menos salas de aula. Todo ano temos perto de 120 mil alunos a menos"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: "É natural que tenha menos salas de aula. Todo ano temos perto de 120 mil alunos a menos" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 15h40.

São Paulo - O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 18, que é "natural" que salas sejam fechadas na rede estadual por causa da redução do número de alunos.

O maior sindicato dos professores do Estado, a Apeoesp, tem afirmado que o governo estadual fechou mais de mil salas neste ano, número não confirmado pela Secretaria Estadual de Educação.

"É natural que tenha menos salas de aula. Todo ano temos perto de 120 mil alunos a menos. O Brasil não é mais um país jovem, a rede diminui. Não tem como manter o mesmo número de salas de aula, é dinheiro público desperdiçado", comentou o governador.

O "fechamento" das salas ocorre quando não há quantidade de alunos suficiente entre um ano e outro, reduzindo o número de turmas.

Em 14 anos, a rede estadual de educação perdeu 1,8 milhões de estudantes, segundo estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Alckmin ressaltou ainda que o processo de reorganização da rede - medida anunciada no ano passado que visava fechar 93 escolas e dividir os colégios por ciclos - seria uma forma de lidar com as salas fechadas.

O processo foi suspenso após uma série de protestos de estudantes.

"Por isso nós queríamos a reorganização. Essas salas que não são usadas passariam para o ensino infantil", disse.

A intenção do governo estadual era transferir os prédios para as redes municipais - ação que, conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo à época, não era consensual entre as secretarias municipais de educação.

Sigilo

Alckmin também defendeu a publicação da Tabela de Classificação de Sigilos, lista publicada no Diário Oficial do Estado neste mês que impõe segredo a 22 assuntos, incluindo até informações de boletins de ocorrência.

"Não podemos expor as pessoas. O boletim é público, mas não pode ter nome da vítima nem testemunha. O governo estaria cometendo um crime se fizesse isso. Só há sigilo para o que a lei determina, o resto é transparência total".

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