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Febre amarela mata todos os macacos bugios do Horto de SP

Informação, antecipada nesta quinta-feira, 11, pelo jornal "Folha de S.Paulo", foi confirmada pelo secretário de Meio Ambiente do Estado

Famílias de bugios do Horto Florestal foram dizimadas (iStock/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 12h25.

São Paulo - Todas as famílias de macacos bugios ("Alouatta guariba clamitans") do Parque Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, foram mortos pela febre amarela . Ao todo 67 macacos morreram após contrair o vírus da doença.

A informação, antecipada nesta quinta-feira, 11, pelo jornal "Folha de S.Paulo", foi confirmada pelo secretário de Meio Ambiente do Estado, Maurício Brusadin, em entrevista à Rádio Eldorado.

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Segundo ele, as famílias de bugios do Horto Florestal foram dizimadas. "Essa é a notícia mais triste. Infelizmente essa população acabou toda morrendo."

Ele lembrou, porém, que foi justamente a aparição do primeiro macaco morto que possibilitou a descoberta da circulação do vírus no parque - e fez com que o governo do Estado agisse com rapidez e imunizasse a população do entorno.

"Esse primeiro macaquinho que morreu salvou a vida de diversas pessoas daquele entorno. O macaco nunca pode ser violentado por isso. Ele é o nosso sentinela, ele que avisa: olha a doença está aqui, se cuidem aí", explicou Brusadin.

Segundo o secretário, há cinco famílias da macacos bugios que estão resguardadas no departamento de áreas verdes. "Assim que os cientistas nos derem a garantia de que é possível reintroduzi-los com segurança aos parques, nós vamos fazer isso para recuperar a população de bugios da Cantareira e Horto Florestal", afirmou Brusadin.

Ainda de acordo com o secretário, no Horto Florestal há espécies de macacos prego ("Sapajus sp") e saguis ("Callitrix sp-saguis", "Calicebus nigrifons-sauá") que não foram atingidas pelo vírus.

Nesta quarta-feira, 10, o Horto Florestal, o Parque da Cantareira, na zona norte, e o Parque Ecológico do Tietê, na zona leste de São Paulo, todos da gestão estadual na capital paulista, foram reabertos para a população.

Os parques da zona norte foram fechados no dia 20 de outubro, quando houve a confirmação de que um macaco bugio morreu após ser infectado pelo vírus da febre amarela. A unidade localizada na zona leste teve a visitação interrompida no dia 10 de novembro por causa de um macaco infectado levado para tratamento no local.

Para visitar as unidades, os frequentadores terão de se vacinar contra a doença. Faixas colocadas nos parques informam que a imunização deverá ser feita dez dias antes da visita, mas não haverá cobrança de comprovante de vacinação nos locais.

Imunização

A partir do dia 3 de fevereiro, terá início a vacinação em regiões que ainda não foram afetadas pelo vírus no Estado. A meta é vacinar 6,3 milhões de pessoas de 53 municípios até 24 de fevereiro.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 7 milhões de paulistas tomaram a vacina no ano de 2017. Entre 2007 e 2016, 7,6 milhões de pessoas haviam sido imunizadas.

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