Parrella: esse é mais um dos indícios levantados pelos procuradores de que o montante tenha ido parar na empresa do filho de Perrella (Lia de Paula/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de junho de 2017 às 09h27.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) - órgão ligado ao Ministério da Fazenda responsável por rastrear transações suspeitas - comunicou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o filho do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Gustavo Perrella, sacou R$ 103 mil no dia 13 de abril da conta da Tapera Participações e Empreendimentos Agropecuários, empresa da qual Gustavo é sócio.
O levantamento do dinheiro ocorreu um dia depois da entrega de mala de R$ 500 mil da JBS a um primo de Aécio Neves, Frederico Pacheco, que repassou o montante ao assessor de Perrella, Mendherson Souza. O órgão flagrou Mendherson provisionando a retirada do valor suspeito, em espécie, da conta da Tapera, em um banco, que foi sacado posteriormente por Gustavo.
A PGR suspeita de que a Tapera tenha sido a destinatária de parte dos R$ 2 milhões solicitados por Aécio a Joesley Batista, da JBS. O relatório do Coaf é mais um dos indícios levantados pelos procuradores de que o montante tenha ido parar na empresa do filho de Perrella.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende Gustavo e Perrella, afirmou que "há um erro evidente de interpretação" do Coaf. "Gustavo nunca fez nenhum saque e nenhum depósito na Tapera."