Policial faz patrulha na Rocinha: a favela foi ocupada em novembro do ano passado por militares e policiais (Christophe Simon/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2012 às 09h33.
Rio de Janeiro - A polícia marcará presença oficialmente nesta quinta-feira na favela da Rocinha, com a inauguração de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) com uma força de 700 agentes, informou a Polícia Militar.
A Rocinha, a maior favela do Brasil, foi ocupada em novembro do ano passado por militares e policiais que colocaram fim a três décadas de domínio dos traficantes.
A violência diminuiu e os traficantes já não andam armados pelas ruas, dizem os moradores, apesar de terem sido registrados este ano 12 assassinatos na comunidade, o último deles o de um policial que patrulhava a área a pé na semana passada.
Desde novembro, cerca de 400 policiais patrulham esta enorme comunidade de 840.000 metros quadrados e 70.000 habitantes, mas só agora a favela terá oficialmente uma UPP própria, com equipe especialmente treinada para resolver os problemas da comunidade.
A nova UPP "continuará a buscar proximidade com os cidadãos" da Rocinha, cuja ajuda e denúncias anônimas a polícia considera fundamental para seu trabalho na favela, destacou a PM.
"A reconquista é permanente. Para preservar vidas e liberdades não vamos medir esforços e estamos muito animados com a oportunidade de estabelecer proximidade com a população da maior favela do Brasil", disse o coronel Rogério Seabra, coordenador geral das UPPs.
A UPP da Rocinha será a 28ª instalada em uma favela no Rio de Janeiro desde 2008, quando começou a estratégia de ocupação dessas comunidades para melhorar a segurança antes da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.
Cerca de 6.770 policiais estão destacados nas 28 UPPs, que atendem 175 localidades, de acordo com dados da PM. As autoridades esperam chegar a 40 UPPs até 2014.