Fatec deixa plano de cotas de lado
A iniciativa seria necessária para alcançar maior inclusão em colégios e cursos mais concorridos e atingiria as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2014 às 11h05.
São Paulo - Quase dois anos após o governo Geraldo Alckmin (PSDB) lançar um programa de inclusão de alunos de escola pública e negros no ensino superior paulista, o Centro Paula Souza, responsável pelas Faculdades de Tecnologia (Fatecs), ainda não estabeleceu a política anunciada.
A iniciativa seria necessária para alcançar maior inclusão em colégios e cursos mais concorridos e atingiria as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).
O Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp) foi anunciado em dezembro de 2012. Participaram, além de Alckmin, os reitores das estaduais e a superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá.
USP, Unicamp e Unesp decidiram por planos próprios para aumentar os índices - só a Unesp reservou vagas. O Centro Paula Souza não criou nada.
A instituição afirma que tem, desde 2006, pontuação acrescida nos processos seletivos.
Há bônus de 10% para estudantes da rede pública e 3% para afrodescendentes. No segundo semestre, 76,7% dos matriculados nas Fatecs vieram de escola pública e 29,05% são negros.
A proporção geral é alta - o Pimesp estipularia 50% de alunos de escola pública, com 35% de negros e indígenas. Mas em cursos concorridos, como Logística, a inclusão é quase nula.
Emerson Teodoro, diretor do cursinho 20 de Novembro, que prepara alunos para Fatecs e Etecs, diz que entre seus 600 alunos 30% vêm de escolas particulares.
"Muitas famílias de classe média não querem pagar escola e buscam as técnicas."
As Etecs ainda não oferecem isenção da taxa de inscrição do vestibulinho - contrariando lei estadual de 2007.
A ONG Educafro enviou à instituição ofício exigindo mudança e promete acionar a Justiça. O Centro Paula Souza diz que a taxa de R$ 30 custeia o processo seletivo.
A assistente administrativa Janaina Caetano, de 42 anos, tentou entrar na Fatec e na Etec, mas não conseguiu.
Vivendo de trabalhos temporários, não tem condições de se inscrever agora. "Deveria ser isento quem não pode pagar."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Quase dois anos após o governo Geraldo Alckmin (PSDB) lançar um programa de inclusão de alunos de escola pública e negros no ensino superior paulista, o Centro Paula Souza, responsável pelas Faculdades de Tecnologia (Fatecs), ainda não estabeleceu a política anunciada.
A iniciativa seria necessária para alcançar maior inclusão em colégios e cursos mais concorridos e atingiria as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).
O Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp) foi anunciado em dezembro de 2012. Participaram, além de Alckmin, os reitores das estaduais e a superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá.
USP, Unicamp e Unesp decidiram por planos próprios para aumentar os índices - só a Unesp reservou vagas. O Centro Paula Souza não criou nada.
A instituição afirma que tem, desde 2006, pontuação acrescida nos processos seletivos.
Há bônus de 10% para estudantes da rede pública e 3% para afrodescendentes. No segundo semestre, 76,7% dos matriculados nas Fatecs vieram de escola pública e 29,05% são negros.
A proporção geral é alta - o Pimesp estipularia 50% de alunos de escola pública, com 35% de negros e indígenas. Mas em cursos concorridos, como Logística, a inclusão é quase nula.
Emerson Teodoro, diretor do cursinho 20 de Novembro, que prepara alunos para Fatecs e Etecs, diz que entre seus 600 alunos 30% vêm de escolas particulares.
"Muitas famílias de classe média não querem pagar escola e buscam as técnicas."
As Etecs ainda não oferecem isenção da taxa de inscrição do vestibulinho - contrariando lei estadual de 2007.
A ONG Educafro enviou à instituição ofício exigindo mudança e promete acionar a Justiça. O Centro Paula Souza diz que a taxa de R$ 30 custeia o processo seletivo.
A assistente administrativa Janaina Caetano, de 42 anos, tentou entrar na Fatec e na Etec, mas não conseguiu.
Vivendo de trabalhos temporários, não tem condições de se inscrever agora. "Deveria ser isento quem não pode pagar."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.