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Farmácias de UBSs em SP irão fechar após parceria com drogarias

Segundo a prefeitura, a complexa logística de distribuição dos remédios para as unidades não têm funcionado, deixando os pacientes sem os medicamentos

Farmácia: a Prefeitura ainda tem um gasto extra de R$ 50 milhões por ano só para retirar e distribuir os remédios (Divulgação)

Farmácia: a Prefeitura ainda tem um gasto extra de R$ 50 milhões por ano só para retirar e distribuir os remédios (Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 21h50.

São Paulo - As farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) deverão ser fechadas pela Prefeitura quando for iniciada a parceria da administração municipal com grandes redes de drogarias para que a entrega de medicamentos fornecidos pelo SUS passe a ser feita nas farmácias privadas.

De acordo com o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Wilson Pollara, a complexa logística de compra e distribuição dos remédios para as unidades municipais não têm funcionado, deixando os pacientes sem os medicamentos.

"Nós não conseguimos entregar remédio nas Unidades Básicas de Saúde. É impossível competir com a rede logística das farmácias (privadas). Só para eu ter o estoque de remédios nas UBSs, tenho que ter um investimento de R$ 100 milhões. Sendo que esse remédio já está lá na prateleira da farmácia", disse ele nesta terça-feira, 31, durante evento que celebrou a realização de 100 mil exames pelo programa Corujão da Saúde.

Ele afirmou que a Prefeitura ainda tem um gasto extra de R$ 50 milhões por ano só para retirar e distribuir os remédios comprados pelo Ministério da Saúde.

"A grande preocupação (com relação ao fechamento das farmácias das UBSs) é o desemprego dos farmacêuticos, mas não vai ter porque eles fazem parte hoje da equipe de Saúde da Família", afirmou.

O secretário disse que ainda não há data para que os remédios passem a ser distribuídos nas grandes redes de drogarias, pois a parceria ainda precisa de acordos com o ministério.

Corujão

Ainda durante o evento, realizado no Hospital Sírio-Libanês, um dos parceiros da Prefeitura no Corujão da Saúde, a secretaria informou que além dos 100 mil exames feitos, outros 220 mil foram agendados.

A promessa da gestão do prefeito João Doria é zerar a fila de 485 mil exames em três meses. Ele afirmou que, após esses período, o fluxo de pedidos médicos será seguido normalmente com os novos pacientes, que deverão ser atendidos em até 30 dias.

"Mas se houver qualquer necessidade, imediatamente retomamos o Corujão", disse Doria. Até o momento, 43 instituições privadas e filantrópicas já aderiram ao programa.

A Prefeitura informou ainda que cerca de 30% dos pacientes agendados para procedimentos pelo Corujão não comparecem ao centro médico para fazer o exame. Por isso, a gestão tem agendado mais pacientes do que vagas para que as unidades não fiquem com capacidade ociosa.

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