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Famílias brasileiras dizem que falha em voo Rio-Paris foi mecânica

Os parentes das vítimas do voo 477 rejeitaram o novo relatório divulgado nesta sexta-feira, que aponta erros de pilotagem

Uma das caixas-pretas do voo Rio-Paris é exibida à imprensa no aeroporto de Le Bourget, perto de Paris: o BEA identificou uma série de erros de pilotagem no acidente (Mehdi Fedouach/AFP)

Uma das caixas-pretas do voo Rio-Paris é exibida à imprensa no aeroporto de Le Bourget, perto de Paris: o BEA identificou uma série de erros de pilotagem no acidente (Mehdi Fedouach/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h42.

Rio de Janeiro - As famílias brasileiras das vítimas do voo da Air France, que caiu no mar no dia 1º de junho de 2009 com 228 pessoas a bordo, "rejeitaram" o novo relatório divulgado nesta sexta-feira, que aponta erros de pilotagem, e asseguram que "a falha foi mecânica, e não humana".

"Rejeitamos a posição do Birô de Investigações e Análises (BEA), que questiona a pilotagem. Há uma falha mecânica, e não humana", disse à AFP o presidente da Associação de famílias das vítimas brasileiras, Nelson Faria Marinho, que perdeu seu filho no acidente.

O Escritório de Investigações e Análises francês anunciou nesta sexta-feira que identificou uma série de erros de pilotagem no acidente do Airbus A330 da Air France, que fazia o trajeto Rio-Paris.

Este terceiro relatório sobre as investigações técnicas da tragédia revela que os pilotos não adotaram o procedimento adequado após dois incidentes anteriores nos últimos minutos de voo: a perda de indicadores de velocidade - devido ao congelamento das sondas (sensores) Pitot - e a perda de sustentação da aeronave.

"O BEA, responsável pela investigação técnica, reconheceu problemas nas sondas Pitot. É uma contradição colocar agora a culpa nos pilotos", disse Marinho.

A Air France também estimou nesta sexta-feira que "nada permite colocar em xeque a competência técnica da tripulação".

As famílias das vítimas francesas e alemãs também se declararam pouco convencidas pelo informe e advertiram que "o que está em jogo economicamente supera a busca pela verdade".

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