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Famílias aguardam Dilma para receber casas do Minha Casa

As obras foram concluídas em janeiro, mas os moradores estão proibidos de fazer a mudança enquanto não for realizada a cerimônia oficial de entrega

Dilma durante cerimônia de entrega do Minha Casa Minha Vida: a expectativa é de que a solenidade oficial só ocorra em abril (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 10h05.

Brasília - Quase 400 famílias de Pacatuba, na região metropolitana de Fortaleza (CE), aguardam há um mês a visita da presidente Dilma Rousseff na cidade. Só assim poderão receber as chaves das novas moradias do programa Minha Casa, Minha Vida .

As obras foram concluídas em janeiro.Os contemplados pelo programa sabem, desde o início de fevereiro, exatamente em qual casa vão morar, mas estão proibidos de fazer a mudança enquanto não for realizada a cerimônia oficial de entrega.

O prefeito de Pacatuba, José Alexandre Alencar (PROS), partido da base aliada de Dilma e comandado no Estado pelo governador Cid Gomes, diz que tudo está pronto para a "festa". A convidada de honra, porém, ainda não arrumou horário na agenda e, por isso, a visita e a entrega das casas ainda não ocorreu.

"Entendemos que a agenda da nossa chefe maior é uma loucura. Ela tem muita coisa para fazer no Brasil e no mundo. Está difícil conciliar", afirmou Alencar.

O prefeito disse ter feito uma peregrinação na capital federal com o intuito de adiantar a data da inauguração e pediu a ajuda de um deputado, mas a expectativa é de que a solenidade oficial só ocorra em abril. Na quarta-feira, Dilma estará em Fortaleza, mas o empreendimento em Pacatuba ainda não entrou no roteiro oficial.

A presidente faz questão de estar presente nas inaugurações do Minha Casa, Minha Vida, principal programa de sua gestão. Nessas ocasiões, Dilma distribui beijos, tira foto com os beneficiários e ressalta o carro-chefe de sua administração.

Na sexta-feira, 14, em Araguaína, no Tocantins, Dilma disse que o programa entregou 1,5 milhão de casas e já contratou mais 1,6 milhão de unidades. A presidente afirmou ter certeza de que ainda vão ser contratadas mais 500 mil casas até o fim deste ano, para cumprir a meta de entregar 2,7 milhões de moradias.


Na ocasião, Dilma afirmou que criticar o programa era atitude de quem "nunca ralou" (mais informações ao lado). O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, chegou a dizer que a petista, candidata à reeleição em outubro, "foi a presidente que mais fez casa e saneamento".

Nos detalhes. O residencial Pacatuba será o primeiro empreendimento totalmente financiado pelo Banco do Brasil entregue no País. A instituição está acompanhando todos os detalhes para que a inauguração não seja de fachada.

No entanto, a insistência para que a presidente participe do convescote de inauguração faz com que a secretária de Assistência Social, Elisangela Campos, tenha de explicar todo dia às dezenas de famílias que recorrem ao órgão que a culpa do atraso da entrega não é da prefeitura.

"Se ela (Dilma) puder vir, vai ser uma honra, mas, caso contrário, ela poderia mandar um representante", afirmou a secretária. "Precisamos entregar essas casas, todo mundo está cobrando e tem gente que acha até que o nome foi retirado da lista de beneficiados."

Beneficiária do programa, Carla Ferreira disse estar contando "as horas, os minutos e os segundos" para receber as chaves da nova casa. "Vou lá todo dia só para ficar olhando minha casa novinha. Fico olhando do lado de fora um tempão", afirmou. Atualmente separada e com um filho de 9 anos, Carla paga R$ 200 de aluguel, dinheiro que vai ser economizado quando se mudar de vez para o novo endereço.

A atendente Jevane de Sousa, com três filhos pequenos, teve a certeza de que receberia a casa no fim de janeiro, mas ainda não pode entrar na casa. Ela sugere uma solução para a incompatibilidade de agenda da presidente.


"Ela poderia deixar a gente entrar na casa e depois, quando desse, viria nos visitar", disse a atendente. "A gente teria o prazer de receber a presidente dentro de casa, com tudo arrumadinho, com os móveis no lugar."

A falta de espaço na agenda da presidente também está retendo os planos de Bruna Sousa, agente administrativa que espera a entrega das chaves para dar prosseguimento aos planos de registrar no cartório civil uma união estável.

"Como diz o ditado, quem casa quer casa", brincou. Atualmente, ela divide o aluguel do imóvel onde mora com um amiga. Assim que entrar na casa, tem planos de comprar os móveis usando o cartão do programa Minha Casa Melhor e, depois, casar. "Eu nem durmo direito pensando na hora que vou receber nossa casa."

Custos. Além de deixar ansiosos os beneficiários do programa, a demora para o lançamento do empreendimento tem custos para a construtora responsável pela obra. "Estamos preocupados com invasão. Não aguento mais, quero entregar essa obra logo", diz André Montenegro, dono da Morefácil.

Ele afirma que a empresa gasta desde o início do ano R$ 60 mi por mês com vigilância e manutenção. Enquanto as casas não são entregues, a responsabilidade pelo empreendimento continua sendo da empresa. Cabe a ela, por exemplo, arcar com os reparos em caso de vandalismo provocado por invasões.

Em nota, o Banco do Brasil informou que está concluindo a confecção dos contratos, um procedimento necessário para a inauguração, e que a expectativa é de que a entrega ocorra até a primeira semana de abril.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Quase 400 famílias de Pacatuba, na região metropolitana de Fortaleza (CE), aguardam há um mês a visita da presidente Dilma Rousseff na cidade. Só assim poderão receber as chaves das novas moradias do programa Minha Casa, Minha Vida .

As obras foram concluídas em janeiro.Os contemplados pelo programa sabem, desde o início de fevereiro, exatamente em qual casa vão morar, mas estão proibidos de fazer a mudança enquanto não for realizada a cerimônia oficial de entrega.

O prefeito de Pacatuba, José Alexandre Alencar (PROS), partido da base aliada de Dilma e comandado no Estado pelo governador Cid Gomes, diz que tudo está pronto para a "festa". A convidada de honra, porém, ainda não arrumou horário na agenda e, por isso, a visita e a entrega das casas ainda não ocorreu.

"Entendemos que a agenda da nossa chefe maior é uma loucura. Ela tem muita coisa para fazer no Brasil e no mundo. Está difícil conciliar", afirmou Alencar.

O prefeito disse ter feito uma peregrinação na capital federal com o intuito de adiantar a data da inauguração e pediu a ajuda de um deputado, mas a expectativa é de que a solenidade oficial só ocorra em abril. Na quarta-feira, Dilma estará em Fortaleza, mas o empreendimento em Pacatuba ainda não entrou no roteiro oficial.

A presidente faz questão de estar presente nas inaugurações do Minha Casa, Minha Vida, principal programa de sua gestão. Nessas ocasiões, Dilma distribui beijos, tira foto com os beneficiários e ressalta o carro-chefe de sua administração.

Na sexta-feira, 14, em Araguaína, no Tocantins, Dilma disse que o programa entregou 1,5 milhão de casas e já contratou mais 1,6 milhão de unidades. A presidente afirmou ter certeza de que ainda vão ser contratadas mais 500 mil casas até o fim deste ano, para cumprir a meta de entregar 2,7 milhões de moradias.


Na ocasião, Dilma afirmou que criticar o programa era atitude de quem "nunca ralou" (mais informações ao lado). O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, chegou a dizer que a petista, candidata à reeleição em outubro, "foi a presidente que mais fez casa e saneamento".

Nos detalhes. O residencial Pacatuba será o primeiro empreendimento totalmente financiado pelo Banco do Brasil entregue no País. A instituição está acompanhando todos os detalhes para que a inauguração não seja de fachada.

No entanto, a insistência para que a presidente participe do convescote de inauguração faz com que a secretária de Assistência Social, Elisangela Campos, tenha de explicar todo dia às dezenas de famílias que recorrem ao órgão que a culpa do atraso da entrega não é da prefeitura.

"Se ela (Dilma) puder vir, vai ser uma honra, mas, caso contrário, ela poderia mandar um representante", afirmou a secretária. "Precisamos entregar essas casas, todo mundo está cobrando e tem gente que acha até que o nome foi retirado da lista de beneficiados."

Beneficiária do programa, Carla Ferreira disse estar contando "as horas, os minutos e os segundos" para receber as chaves da nova casa. "Vou lá todo dia só para ficar olhando minha casa novinha. Fico olhando do lado de fora um tempão", afirmou. Atualmente separada e com um filho de 9 anos, Carla paga R$ 200 de aluguel, dinheiro que vai ser economizado quando se mudar de vez para o novo endereço.

A atendente Jevane de Sousa, com três filhos pequenos, teve a certeza de que receberia a casa no fim de janeiro, mas ainda não pode entrar na casa. Ela sugere uma solução para a incompatibilidade de agenda da presidente.


"Ela poderia deixar a gente entrar na casa e depois, quando desse, viria nos visitar", disse a atendente. "A gente teria o prazer de receber a presidente dentro de casa, com tudo arrumadinho, com os móveis no lugar."

A falta de espaço na agenda da presidente também está retendo os planos de Bruna Sousa, agente administrativa que espera a entrega das chaves para dar prosseguimento aos planos de registrar no cartório civil uma união estável.

"Como diz o ditado, quem casa quer casa", brincou. Atualmente, ela divide o aluguel do imóvel onde mora com um amiga. Assim que entrar na casa, tem planos de comprar os móveis usando o cartão do programa Minha Casa Melhor e, depois, casar. "Eu nem durmo direito pensando na hora que vou receber nossa casa."

Custos. Além de deixar ansiosos os beneficiários do programa, a demora para o lançamento do empreendimento tem custos para a construtora responsável pela obra. "Estamos preocupados com invasão. Não aguento mais, quero entregar essa obra logo", diz André Montenegro, dono da Morefácil.

Ele afirma que a empresa gasta desde o início do ano R$ 60 mi por mês com vigilância e manutenção. Enquanto as casas não são entregues, a responsabilidade pelo empreendimento continua sendo da empresa. Cabe a ela, por exemplo, arcar com os reparos em caso de vandalismo provocado por invasões.

Em nota, o Banco do Brasil informou que está concluindo a confecção dos contratos, um procedimento necessário para a inauguração, e que a expectativa é de que a entrega ocorra até a primeira semana de abril.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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