Rui Falcão é listado como testemunha em processo de Vargas
Júlio Delgado, relator do processo de cassação, apresentou nesta terça-feira ao colegiado lista com oito nomes que gostaria de ouvir durante as investigações
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 17h28.
Brasília - O relator do processo de cassação contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) no Conselho de Ética, Júlio Delgado (PSB-MG), arrolou como testemunhas na representação o doleiro Alberto Youssef e o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.
Júlio Delgado apresentou nesta terça-feira ao colegiado uma lista com oito nomes que gostaria de ouvir durante as investigações.
Pelas regras do Conselho, as oitivas são convites que não têm poder convocatório e que podem ser recusados.
O pessebista alegou que Falcão pressionou o ex-petista Vargas a renunciar e que o PT entrou na Justiça questionando o mandato do parlamentar.
O objetivo de ouvi-lo, de acordo com o relator, é saber se o presidente nacional do PT concorda ou não com o teor da representação por quebra de decoro parlamentar.
Ex-vice-presidente da Câmara, André Vargas caiu em desgraça depois de vir à público sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, atualmente preso e alvo maior da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro que pode chegar a R$ 10 bilhões.
Pressionado pelo PT, Vargas foi forçado a renunciar ao posto de vice-presidente da Casa e a pedir sua desfiliação do partido.
Além de Youssef e do presidente do PT, o deputado do PSB também pediu que fossem ouvidos o deputado Cândido Vaccarezza, também citado na Lava Jato, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), dois sócios do laboratório Labogen (Leonardo Meirelles e Esdra Ferreira), o proprietário da empresa Elite Aviation, Bernardo Tosto, além de Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Investigações da Polícia Federal, a partir de mensagens interceptadas entre Vargas e Youssef, indicam que o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, seria o responsável por indicar um executivo para a Labogen, controlado pelo doleiro.
Vargas e Padilha negam. André Vargas também pegou carona em um jatinho - da companhia Elite Aviation - pago por Youssef.
O PT no Conselho de Ética questionou a ação de Júlio Delgado. O deputado Sibá Machado (PT-AC) afirmou que a representação se baseia sobretudo em reportagens divulgadas pela imprensa e que as testemunhas arroladas deveriam ser ouvidas depois que o colegiado tiver acesso aos documentos da Operação Lava Jato que citam Vargas, que hoje estão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na semana passada, o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), e Júlio Delgado pediram a papelada ao ministro Teori Zavascki, do Supremo, mas o magistrado pediu de 10 a 15 dias para poder separar a parte do processo que diz respeito a Vargas e repassá-la.
O relator no Conselho de Ética tem 40 dias para ouvir as testemunhas listadas hoje - além das oito solicitadas pela defesa - e pedir instruções do caso.
Depois, mais 10 dias para apresentar seu parecer final no conselho, o que ele espera fazer ainda antes do recesso parlamentar.
As oitivas acontecem em sessões ordinárias do Conselho e deverão ser ouvidas primeiro as testemunhas do relator. Ele propôs que as primeiras oitivas aconteçam nos dias 17 e 18 de junho.
Brasília - O relator do processo de cassação contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) no Conselho de Ética, Júlio Delgado (PSB-MG), arrolou como testemunhas na representação o doleiro Alberto Youssef e o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.
Júlio Delgado apresentou nesta terça-feira ao colegiado uma lista com oito nomes que gostaria de ouvir durante as investigações.
Pelas regras do Conselho, as oitivas são convites que não têm poder convocatório e que podem ser recusados.
O pessebista alegou que Falcão pressionou o ex-petista Vargas a renunciar e que o PT entrou na Justiça questionando o mandato do parlamentar.
O objetivo de ouvi-lo, de acordo com o relator, é saber se o presidente nacional do PT concorda ou não com o teor da representação por quebra de decoro parlamentar.
Ex-vice-presidente da Câmara, André Vargas caiu em desgraça depois de vir à público sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, atualmente preso e alvo maior da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro que pode chegar a R$ 10 bilhões.
Pressionado pelo PT, Vargas foi forçado a renunciar ao posto de vice-presidente da Casa e a pedir sua desfiliação do partido.
Além de Youssef e do presidente do PT, o deputado do PSB também pediu que fossem ouvidos o deputado Cândido Vaccarezza, também citado na Lava Jato, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), dois sócios do laboratório Labogen (Leonardo Meirelles e Esdra Ferreira), o proprietário da empresa Elite Aviation, Bernardo Tosto, além de Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Investigações da Polícia Federal, a partir de mensagens interceptadas entre Vargas e Youssef, indicam que o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, seria o responsável por indicar um executivo para a Labogen, controlado pelo doleiro.
Vargas e Padilha negam. André Vargas também pegou carona em um jatinho - da companhia Elite Aviation - pago por Youssef.
O PT no Conselho de Ética questionou a ação de Júlio Delgado. O deputado Sibá Machado (PT-AC) afirmou que a representação se baseia sobretudo em reportagens divulgadas pela imprensa e que as testemunhas arroladas deveriam ser ouvidas depois que o colegiado tiver acesso aos documentos da Operação Lava Jato que citam Vargas, que hoje estão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na semana passada, o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), e Júlio Delgado pediram a papelada ao ministro Teori Zavascki, do Supremo, mas o magistrado pediu de 10 a 15 dias para poder separar a parte do processo que diz respeito a Vargas e repassá-la.
O relator no Conselho de Ética tem 40 dias para ouvir as testemunhas listadas hoje - além das oito solicitadas pela defesa - e pedir instruções do caso.
Depois, mais 10 dias para apresentar seu parecer final no conselho, o que ele espera fazer ainda antes do recesso parlamentar.
As oitivas acontecem em sessões ordinárias do Conselho e deverão ser ouvidas primeiro as testemunhas do relator. Ele propôs que as primeiras oitivas aconteçam nos dias 17 e 18 de junho.