FAB: foram 72 voos nacionais e oito internacionais, feitos por autoridades (Bruno Kelly/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 09h55.
Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 09h57.
Rio — Um dos motivos para o afastamento de Vicente Santini da Secretaria Executiva da Casa Civil pelo presidente Jair Bolsonaro, o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por até três passageiros ocorreu em outras ocasiões no ano passado. Há casos em que apenas o titular da pasta estava no voo.
Levantamento do jornal O GLOBO, a partir de registros da FAB de 2019, identificou 72 voos nacionais e oito internacionais, feitos por 14 ministros e três autoridades das Forças Armadas, nos quais havia até três passageiros a bordo.
Bolsonaro criticou a atitude de Santini, que, como interino na Casa Civil durante as férias do titular, Onyx Lorenzoni, usou um jato da FAB para voar até a Índia com dois acompanhantes, onde o presidente tinha agenda oficial. A aliados, o presidente reclamou do uso da aeronave para transportar apenas três passageiros e questionou se o secretário-executivo não poderia ter ido de voo comercial.
Regulado por decreto, o deslocamento com aviões da FAB é permitido para ministros, vice-presidente da República, presidentes do Senado, Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF), e comandantes das Forças Armadas, sem restrições quanto ao número de passageiros.