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Expectativa é votar privatização dos Correios até novembro, diz ministro

Segundo o ministro das Comunicações Fábio Faria, as pautas mais relevantes do Congresso serão votadas este ano

 (Eduardo Frazão/Exame)

(Eduardo Frazão/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de outubro de 2021 às 08h50.

Além de comemorar ter colocado o leilão do 5G de pé, o ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD-RN) tem outra missão antes de avaliar sair candidato nas eleições de 2022 ao Senado pelo PP, que é a desestatização dos Correios. No momento, segundo o ministro, "tem muitos entrantes interessados".

"Tenho certeza que tendo essa aprovação do PL, muitas irão participar. Porque é estratégico do ponto de vista de América Latina", acrescentou. O cronograma que o ministro trabalha atualmente é que seja votado em novembro no Senado.

Segundo ele, as pautas mais relevantes serão votadas este ano. "Todo ano eleitoral é sempre mais difícil de aprovar os projetos. Por isso minha corrida para o 5G. Outro grande projeto é dos Correios, que é a última janela", defendeu Faria no programa Veja On Air exibido nesta segunda-feira.

Isso porque, nas contas do ministro, a empresa corre o risco de "zerar" a receita com encomendas nos próximos anos diante da concorrência com grandes varejistas. No serviço postal, diz ele, a parte de encomendas é o "filé". O "osso" é entregar cartas e boletos à população.

"Mas essa receita de encomendas tem perda de 20% a cada ano para os grandes varejistas. Essas empresas estão desenvolvendo serviço próprio de logística. Mercado Livre, por exemplo, hoje entrega só 10% para os Correios", disse.

Outro problema na comparação com o serviço privado, apontou, é que "quando os Correios saem de greve, não volta (o serviço). Daqui três anos, pode ser que essa conta esteja zerada e que não tenha mais player interessado. Por isso digo que a janela está se fechando".

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