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Exército fotografa moradores de favelas para checar antecedentes

Moradores de favelas alvos de operação no Rio estão tendo seus rostos e RGs fotografados pelos soldados que atuam na Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia

Intervenção no RJ: de acordo com o Comando Militar do Leste (CML), a atuação dos soldados é "legal" e feita regularmente (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Intervenção no RJ: de acordo com o Comando Militar do Leste (CML), a atuação dos soldados é "legal" e feita regularmente (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 15h51.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 16h03.

Moradores de favelas alvos de operação das Forças Armadas nesta sexta-feira, 23, no Rio, estão tendo seus rostos e RGs fotografados pelos soldados que atuam desde a madrugada na Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia, todas na zona oeste do Rio. A operação conjunta do Exército com as forças policiais do Estado conta com 3.200 militares, que fazem cerco às favelas.

De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), a atuação dos soldados é "legal" e feita regularmente. "Trata-se de um procedimento feito regularmente, legal, cuja finalidade é agilizar a checagem de dados junto aos bancos de dados da Secretaria de Segurança", explicou o coronel Carlos Frederico Cinelli, chefe da comunicação social do CML. "Uma vez enviada para o sistema da Polícia Civil, a foto é deletada."

Segundo Cinelli, a checagem através das fotos visa causar "menos transtorno" às pessoas. "Caso não fosse feita assim, essa checagem demandaria muito mais tempo e transtorno ao cidadão", considerou."A checagem é feita quanto a mandados de busca em aberto e consulta à ficha de antecedentes criminais."

O coronel esclareceu ainda que a medida é autorizada pelo decreto da Garantida de Lei e da Ordem (GLO). "O procedimento está amparado pelo decreto de GLO, que faculta a realização de inspeções e revistas no âmbito de uma operação desta natureza", afirmou Cinelli.

A operação nas favelas da zona oeste ocorre dois dias depois que o subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vila Kennedy, Guilherme Lopes da Cruz, de 26 anos, foi morto ao reagir a uma tentativa de roubo.

Na terça, o sargento do Exército Bruno Cazuca também foi morto na zona oeste ao reagir a um assalto.

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