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Forças Armadas retomam operação na Vila Kennedy, no Rio

A ação conta com 900 homens e tem o objetivo de remover as barricadas feitas por traficantes

As Forças Aramadas estiveram na comunidade no último sábado (Bruno Kelly/Reuters)
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AFP

Publicado em 7 de março de 2018 às 11h23.

Última atualização em 7 de março de 2018 às 11h43.

As forças de segurança lançaram nesta quarta-feira uma operação na comunidade de Vila Kennedy, zona oeste do Rio , a terceira desde que o presidente Michel Temer assinou um decreto transferindo o comando dessas operações contra o crime organizado para as Força Armadas.

Uma operação "foi lançada em Vila Kennedy (...) com 900 homens das Forças Armadas apoiados por veículos blindados, aeronaves e com equipamentos de engenharia pesada", anunciou em uma declaração do Comando Conjunto das forças de segurança.

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A ação "envolve cerco, estabilização dinâmica da área e desobstrução de vias". A operação também pode envolver interdição de acesso à região e restrição de voo para aeronaves civis", acrescenta o comunicado.

Os militares também devem desbloquear as vias de circulação da comunidade dos obstáculos pesados, de concreto, colocados pelos traficantes locais para evitar o movimento das forças de segurança na favela.

No sábado, durante uma operação anterior, as Forças Armadas já haviam removido essas barricadas nas ruas, mas os traficantes em algumas horas voltaram a erguê-las logo depois da partida dos militares.

Por sua vez, a Polícia Civil "poderá emitir mandados de prisão" contra suspeitos, acrescentou o comunicado.

Em uma praça da favela, onde um pequeno mercado está localizado, um jornalista da AFP viu cerca de trinta soldados portando rifles e um veículo blindado. Os comboios que transportavam soldados também eram visto dentro da favela.

Esta é a terceira intervenção do exército desde o decreto assinado em meados de fevereiro pelo presidente Temer confiando às Forças Armadas o comando das operações combater o crime organizado, particularmente no Rio desde o final das Olimpíadas de 2016.

Esta decisão foi criticada por defensores dos direitos humanos que temem que a população das favelas venha a sofrer abusos durante as operações.

Esta decisão foi tomada depois que o envio, em julho passado, de cerca de 8.500 militares em apoio às forças policiais não apresentou resultados.

Várias operações foram conduzidas nos últimos meses com esses reforços que detiveram mais de 260 pessoas e apreenderam armas e drogas.

No entanto, a violência no Rio continua causando um número cada vez maior de vítimas todos os meses.

 

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